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Com o mundo dos streamings ganhando cada vez mais espaço na vida das pessoas, as séries consequentemente têm ganhado ares de superproduções, com enredos mirabolantes e elencos estrelados. Com isso, produções dramáticas mais tradicionais, com enredo simples, têm perdido espaço nos catálogos das plataformas.  No entanto, vez ou outra surge aquela série capaz de preencher perfeitamente essa lacuna em nossos corações. Sim, estou falando de Virgin River.

Uma produção que chegou sem muitas pretensões e que agradou muita gente, não por sua estrutura narrativa complexa, mas sim por sua simplicidade.

A PREMISSA

Crítica Virgin River 2

Crítica Virgin River – Alexandra Breckenridge como Melinda Monroe. | Crédito: Divulgação Netflix.

Tal como uma série tradicional, “Virgin River” não está preocupada em discutir temas polêmicos. Não, a produção da Netflix narra os encontros e desencontros de duas pessoas que nitidamente se amam, entretanto uma série de obstáculos e acasos insistem em mantê-los separados. Do jeitinho como é na vida real, sabe?

Em sua 1ª temporada a série trazia como pilar o “recomeço”. Entretanto, na segunda, o enredo nos faz entender que o começo está intimamente ligado ao “deixar o passado para trás”. Quando Mel Monroe (Alexandra Breckenridge) e Jack Sheridan (Martin Henderson) se conheceram, a afinidade foi quase instantânea. Sua relação foi desenvolvida de forma natural, mas o que os impediam de ficarem juntos eram mesmo as feridas do passado.

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No mesmo barco temos Hope (Annette O’Toole) e Doc (Tim Matheson). Casados no passado, ela decide dar mais uma chance para o amor e perdoar uma traição de mais de 20 anos atrás. No caminho, é claro, surgem diversas situações inusitadas, afinal, Hope é sem dúvidas a personagem mais divertida e atrapalhada da trama. Impossível não amar, mesmo ela tendo certas atitudes um tanto quanto questionáveis.

A EVOLUÇÃO DA SÉRIE

Crítica Virgin River – Martin Henderson como Jack Sheridan. | Crédito: Divulgação Netflix.

A série mantém o clima e repete a fórmula que conquistou o público na 1ª temporada, mas vemos aqui uma nítida evolução em sua estrutura. Ela acerta em introduzir novos personagens e dar um maior destaque para aqueles que na temporada anterior serviam apenas para terem diálogos corriqueiros com os protagonistas. Portanto, personagens como Preatcher (Colin Lawrence), Brady (Benjamin Hollingsworth) e Ricky (Grayson Maxwell Gurnsey) ganham aqui suas próprias tramas. Tem espaço até para um romance adolescente.

É claro que neste ponto a série ainda tem que evoluir. Apesar de 10 episódios, algumas tramas são iniciadas, mas deixadas de lado mais para frente. Um exemplo é um possível romance entre Brady e Lizzie (Sarah Dugdale), sobrinha de Connie (Nicola Cavendish). Há um flerte entre ambos que, no entanto, é “esquecido” nos episódios seguintes. E o que falar da reiterada displicência de Ricky no bar de Jack? Apenas acontecimentos aleatórios para preencher a trama ou falhas de roteiro?

PONTOS QUE ENCANTAM

Crítica Virgin River

Crítica Virgin River. | Crédito: Divulgação Netflix.

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Por outro lado, “Virgin River” segue encantando com uma fotografia de encher os olhos. Sério! Eu quero morar em Virgin River. E o que falar da trilha sonora? Músicas maravilhosas nos pontos apropriados, com direito até uma performance de dança de Mel em um dos momentos mais aleatórios e divertidos da série.

PARA VER EM DOSES HOMEOPÁTICAS

Crítica Virgin River

Crítica Virgin River – Annette O’Toole como Hope McCrea. | Crédito: Divulgação Netflix.

Apesar de seu ritmo lento, a série de forma alguma chega a ser entediante. Sabe aquele programa para relaxar depois de um dia estressante? Contudo, eu costumo dizer que é a série que deixa o nosso coração quentinho.

Então, que tal doses homeopáticas de “Virgin River”? Para você prolongar essa experiência deliciosa que é assistir essa série, eu claramente recomendo que você NÃO a maratone. Ainda mais com um final surpreendente que promete deixar os fãs de cabelo em pé por pelo menos até o próximo ano, quando deve estrear a 3ª temporada.

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Em suma, eu escolhi amar “Virgin River”. E você? Está esperando o que para conhecer e entrar de cabeça nessa cidadezinha interiorana que também irá conquistar o seu coração?

ASSISTIMOS! E AÍ? - VIRGIN RIVER 2

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Paulo Henrique de Castro
Formado em Administração, mas minha verdadeira paixão reside no mundo do entretenimento: filmes, séries, documentários, reality shows, música, cultura pop. Nascido e criado em Brasília, desde 2016 alimento diariamente a página @dicas_filmeseseries no Instagram.

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