A 4 temporada de Elite chegou sob enorme expectativa, na última sexta (18), pela Netflix. Porém, bastaram poucos minutos do episódio inicial para notarmos que algo de muito estranho estava nos sendo apresentado. Não é que tenha faltado um grande mistério, sexo, ou novos rostos. Entretanto, a narrativa da nova leva de episódios parecia apressada, descuidada, imatura e, acima de tudo, repetitiva.
Afinal, mais alguém revirou os olhos ao ver, mais uma vez, aquelas pessoas sendo interrogadas? Até que ponto é interessante seguir a mesma fórmula batida do “quem matou?” Todo o excesso de cenas de sexo consegue maquiar a ausência de um bom roteiro? E, qual o preço de simplesmente esquecer conexões, relações e desenvolvimentos pregressos?
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Enfim, essas foram as questões que vieram a minha cabeça, umas mais fortemente que outras. Dessa forma, é possível enxergar algumas respostas. O problema não é a insistência em ter um assassinato, mas sim a forma preguiçosa com que o mistério se desenvolve. Assim também, o problema não está no excesso de cenas de sexo (que estavam impecáveis), mas sim na falta de desenvolvimento nos relacionamentos amorosos.
Dessa forma, cabe apenas elogiar a ótima atuação dos veteranos Arón Piper, Cláudia Salas e Georgina Amorós, que mantiveram seus personagens interessantes, mesmo em meio a tantas falhas. E, as ótimas adições de Manu Rios e Martina Caríddi, que foram adições positivas. No entanto, é preciso citar as questionáveis e inconstantes atuações de Omar Ayuso e dos novatos Carla Diaz e Pol Granch, que não agradam.
Entretanto, é extremamente injusto culpar os novos integrantes do elenco, quando o problema está na abrupta forma com que o show inseriu seus personagens naquele ambiente consolidado. Por fim, vale dizer que a 4 temporada de Elite é sim a de menor qualidade até aqui. O motivo? O simples fato de não acompanhar a crescente de qualidade tão aplaudida dos três últimos anos.