Em Avatar 2: O Caminho da água, sequência de Avatar (2009), após dez anos da primeira batalha de Pandora entre os Na’vi e os humanos, Jake Sully (Sam Worthington) vive pacificamente com sua família e sua tribo. Ele e Ney’tiri (Zoe Saldana) formaram uma família e estão fazendo de tudo para ficarem juntos, devido a problemas conjugais e papéis que cada um tem que exercer dentro da tribo.
No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora, indo para o mar e fazendo pactos com outros Na’vi da região. Quando uma antiga ameaça ressurge, Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos novamente.
Mesmo com dificuldade, Jake acaba fazendo novos aliados – alguns dos quais já vivem entre os Na’vi e outros com novos avatares. Mesmo com uma guerra em curso, Jake e Ney’tiri terão que fazer de tudo para ficarem juntos e cuidar da família e de sua tribo.
O ENREDO
A princípio, novamente somos levados ao mundo do planeta Pandora, que desta vez como já esperado, está bem mais explorado que o longa original. O enredo está bastante interessante, mas o roteiro deixa um pouco a desejar, o motivo do vilão ir à caça de Jake é algo que não há uma força.
Acredito que se não fosse por conta da experiência e poder vivenciar uma aventura neste mundo conhecendo novos personagens, uma nova cultura, um novo continente, talvez o filme teria sido feito em vão.
Talvez um grande marco para o enredo seja a adição de crianças e adolescentes, pois leva ao espectador a situações de grandes descobertas e soa tão natural.
NOVOS PERSONAGENS
Logo no início do super longa (só assim para definir Avatar e sua duração né?! risos), somos apresentados aos filhos do casal protagonista e cada um tem sua essência, cuja é muito necessária em muitos momentos decisivos da história. Alguns vão aparecendo conforme o filme vai passando. Abordarei alguns dos que mais gostei abaixo.
Spider (O Tarzan de Pandora, apelidei e não consigo tirar da mente! Risos)
Este é um dos personagens mais carismáticos e emblemáticos, que me fez amar e odiar ao mesmo tempo, quem já assistiu sabe bem o porquê. O ator Jack Champion entregou uma performance bem cativante de seu personagem, mas juro que algumas vezes me perguntei se o Spider era fã ou hater.
Spider tem muita expressividade e busca sempre ajudar seu próximo mesmo que não valha a pena.
Por que apelidei de Tarzan? Porque simplesmente ele lembra muito do Tarzan em alguns aspectos como o figurino e a aparência. Todo movimento que ele fazia só me vinha esse nome na cabeça, foi impossível não linkar eles.
Ronal
A princípio, quem diria que veríamos a Kate Winslet tão diferente do convencional, não é? Amei demais a Ronal, que é uma mulher bastante importante para seu povo. Ela se mostra uma mulher muito forte emocionalmente e com muita influência em seu reino, mesmo sendo esposa do líder, ela não esconde que é uma grande guerreira e que é capaz de tudo para proteger o que ama.
Tuk
Tuk (Trinity Jo-Li Bliss) é a filhinha mais nova do casal Jake e Ney’tiri, ela possui um humor muito bom e que vem por muitas vezes através de um alívio cômico carregado de uma imensa naturalidade. A personagem passa por tantos apuros, que veio aquele desejo de gritar “sai daí menina” ou “segura essa menina” em vários momentos.
Lo’ak
Por último, mas não menos importante temos o filho do meio do Jake com a Ney’tiri, o Lo’ak, vivido pelo ator Britain Dalton, se a Tuk se mete em apuros, o que falar deste personagem? Ele é de muitíssima importância na trama e vive momentos muito mágicos e lindos.
Kitti
Kiri foi uma das personagens mais carismáticas da produção, principalmente porque Sigourney Weaver trouxe toda uma essência jovial para sua personagem de apenas 14 anos de idade. Acredito que podem haver indicações pela frente.
CORES E CGI
Avatar: O Caminho da Água se superou quanto as cores e seu CGI que estão esplêndidos, e levando assim o longa cada vez mais perto da perfeição, os personagens e ambientação estão muito naturais, em muitos momentos me questionei se Pandora e os Na’vi existem de verdade, pois está tudo tão harmônico e bem feito que é difícil de dizer que há um tipo de computação gráfica ali.
Mas uma das coisas que mais manteve minha atenção voltada, com certeza foi a bioluminescência, cada milímetro bem equilibrado e fazendo os espectador viajar cada vez mais.
A todo o momento me fazia a mesma pergunta: “como pode algo ser tão perfeito assim?”, e ao mesmo tempo entendo os motivos que o James Cameron teve para adiar tanto o longa por tantos anos e dizer que é bem possível que ele tenha alcançado o tão esperado resultado.
MUNDO SUBAQUÁTICO
Para quem ainda não sabe, as cenas subaquáticas de Avatar: O Caminho da Água foram gravadas realmente em baixo d’água, o que acabou causando um efeito muito natural e fluido para a ambientação e movimentação os personagens.
Em Avatar 2 temos novas criaturas e um novo mundo, que eu não faço ideia de como foi para a equipe responsável criá-los com uma minuciosidade de primeira qualidade, mas os animais que mais aparece e tem uma profundidade na história são os Tulkuns.
Os Tulkun são animais marítimos gigantescos e cada um deles possuem um elo de irmandade com uma pessoa da ilha, enquanto apenas um deles é solitário e não possui este ele com ninguém e este fato é muito bem explicado no durante o filme.
REFERÊNCIAS
Avatar 2 possui diversas referências a muitos filmes, não sei se foi intencional ou não, mas senti muitas vezes de ver algo parecido em algum lugar, entre as produções que consegui identificar estão Titanic, Free Willy, Pinóquio e Tarzan. Lembrando que são momentos bem breves que acontecem estas referências.
FUTURAS PREMIAÇÕES
É inegável que Avatar: O Caminho da Água será indicado a várias premiações, ainda mais nas principais como o Oscar e o Globo de Ouro, inclusive já foi indicado neste segundo. Mas no Oscar acredito que a sequência não leve para casa o prêmio de melhor música original, aposto que a Rihanna leva essa com “Lift me up”, canção presente na trilha sonora de Pantera Negra: Wakanda Forever.
CONCLUSÃO
Em suma, todos que gostaram do primeiro filme com certeza se apaixonarão mais ainda pelo segundo, pois foi algo criado com muita cautela e atenção aos minuciosos detalhes, garantindo um ótimo entretimento e uma saída do mundo caótico que vivemos para um lugar bastante utópico.
Valeu muito a pena esperar por Avatar: O Caminho da Água, pois é uma experiência única e fenomenal, ainda mais se conferir nas salas IMAX. A imersão é fantástica, nos faz querer ir para aquele mundo, acho que James Cameron enfim conseguiu o que queria.
Em conclusão, eu já estou no aguardo das próximas sequências e que haja cada vez mais interesse do público em assistir toda essa experiência imersiva.