Por “Away”, nova série original da Netflix, mira no gênero ficção científica, mas acaba entregando uma drama muito interessante sobre o sentido da vida e o que nos torna humanos.
Estrelada pela atriz ganhadora do Oscar por “Menina de Ouro”, Hilary Swank, a produção encanta por sua sensibilidade ao mesmo tempo em que usa uma viagem interplanetária como plano de fundo.
Crítica Away da Netflix. | Crédito: Diyah Pera / NETFLIX
LEIA TAMBÉM | CRÍTICA – HOW TO GET AWAY WITH MURDER TEMPORADA FINAL
Se você tivesse que escolher entre família, profissão, senso de responsabilidade para com o seu país ou a realização de um trabalho da vida, mesmo que isto resulte em uma grande sacrifício pessoal, o que você escolheria?
Essa é a premissa de “Away” da Netflix. A produção conta a história da astronauta Ema Green (Hilary Swank) escolhida pela Nasa para comandar a primeira expedição tripulada por séries humanos para o planeta Marte. O intuito da viagem é provar que há milhares de anos atrás o planeta era igual a Terra e abrigava vida como conhecemos.
Na trama, os governos dos países mais ricos do mundo, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e Índia, aparentemente deixam suas diferenças de lado e se unem em um projeto global junto com a Nasa para construir um programa espacial que possibilite o projeto.
Além de Ema, a viagem conta com um grupo de outros 4 astronautas, cientistas e biólogos, mais notórios do mundo, que são; o carinhoso e dedicado cientista europeu Ram, a fria e impetuosa astronauta chinesa Lu, O esperto, arrogante e maior astronauta russo de todos os tempos Misha e o biólogo religioso Kwesi.
Crítica Away da Netflix. | Crédito: Diyah Pera / NETFLIX
LEIA TAMBÉM | OS 13 PORQUÊS: MOTIVOS PARA ASSISTIR DARK
Apesar da longa e perigosa jornada que terá que enfrentar, Ema se sente confiante. Embora, vá morrer de saudades do amor da sua vida, o companheiro de profissão, Matt Logan, e da sua jovem e inteligente filha Lex, Ema sabe que eles vão ficar bem e que mesmo a distância poderão sempre contar uns com os outros.
No entanto, tudo muda. Após chegar a base lunar e iniciar a sua viagem a Marte, o marido de Ema sofre um severo AVC. Deixando-o em uma cadeira de rodas. E Lex, em meio a ausência da mãe e a doença do pai, passa a se rebelar contra tudo e contra todos. Contudo, a jovem toma algumas atitudes que não eram de sua índole, que podem colocar sua vida em risco. Com isso Ema é obrigada a fazer uma escolha impensável entre retornar para a sua família ou prosseguir com a sua missão.
Em suma, basicamente o enredo da série gira em torno dessa relação familiar. Entretanto, todos os demais personagens contribuem com muito dramas e tensões, transformando o seriado em um grande épico dramático. Contudo, apesar de ser um programa de ficção científica, o elemento científico, assim por dizer, fica em segundo plano. Ele serve de plano de fundo e de ambientação para o primeiro ano do show.
Crítica Away da Netflix. | Crédito: Diyah Pera / NETFLIX
LEIA TAMBÉM | CRÍTICA – PROJECT BLUE BOOK SEGUNDA TEMPORADA
A construção dos personagens é muito bem elaborada. Cada um dos tripulantes da nave tem o seu passado bem desenvolvido, assim como a sua pisque.
Sensível, dramático, inteligente e intenso, a temática de viagem espacial em “Away” é apenas uma fachada. Pois o que encanta o espectador é a leveza ao tocar em assuntos como, amor, família, Deus, amizade, crescimento pessoal, respeito e tolerância.
Sua sensibilidade nos mostra que o importante não é atingir nossos objetivos a qualquer custo. Mas sim, aquelas pessoas com as quais podemos contar para torná-los realidade. Pois, o que nos torna humanos não é a nossa capacidade física ou mental mas sim a nossa capacidade de amar e respeitar o próximo. O que importa mesmo são as pessoas com quem convivemos ao nosso redor. E esta é a principal mensagem da série.
Crítica Away da Netflix. | Crédito: Diyah Pera / NETFLIX
A primeira temporada de “Away”, já está toda disponível no catálogo da Netflix. Ao todo, a produção contra com 10 episódios em seu primeiro ano com cerca de 45 minutos de duração cada.
Em suma, prepare os lencinhos, pois eventualmente as lágrimas vão descer pelo seu rosto ao assistir este drama espacial de tirar o folego.
