Muito esperada pelos fãs da franquia dos games ao qual se baseia, a série em live-action de ‘Resident Evil’ da Netflix, deixou muito a desejar. A produção que estreou já detonada pela crítica, não chegou nem perto de agradar os fãs da franquia.
Mas, será que ‘Resident Evil’ da Netflix, chega a ser uma afronta ao legado dos games no qual se baseia? A resposta, na minha opinião é Não! Mas calma, no texto a seguir discorro um pouco mais sobre isso, trazendo a explicação do porquê ‘Resident Evil’ da Netflix, não é um completo desperdício.
A TRAMA
A trama da série foi um dos pontos mais questionados na internet. Ela acompanha a história de Jade (Tamara Smart) e Billie (Siena Agudong) Wesker, filhas de um respeitado cientista da Umbrella Corporation. As irmãs veem sua vida virar de cabeça para baixo quando são obrigadas a acompanhar seu pai em um novo emprego, em um dos laboratórios da referida corporação, localizado na nova Raccoon City.
Todavia, tanto a Umbrella quanto Albert Wesker (Lance Reddick), o pai das meninas, escondem segredos que não só vão mudar a vida delas para sempre, mas como também a de toda a humanidade.
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Desta forma, 14 anos depois de uma noite trágica para todos de New Raccon City, Jade Wesker tenta sobreviver em um mundo tomado por zumbis. Desesperada para achar a cura para um problema que ela mesmo pode ter desencadeado, a jovem se encontra presa ao seu passado. Principalmente devido a estranha ligação que seu pai tem com a Umbrella Corporation e pelo o que aconteceu com a sua irmã.
CÓPIA DE OUTRAS SÉRIES DE ZUMBIS
Por conseguinte, embora não seja de todo ruim, um dos maiores problemas da série é a sua falta de originalidade e o seu distanciamento da obra ao qual se baseia. Em diversos momentos ‘Resident Evil’, se parecia mais com outras aclamadas produções de zumbis do que com a franquia de games que busca retratar.
Isto acontece, por exemplo, ao optar por colocar as irmãs Wesker como protagonistas. Tal opção, não só se distância do legado da franquia de games, onde elas são personagens irrelevantes para o contexto geral da obra. Mas como também, nos remete ao enredo de uma outra popular franquia de zumbis: ‘The Walking Dead’.
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Aí você me pergunta, como a produção da Netflix pode se comparar com a da AMC? Isto pois, em um dos derivados da franquia, ‘World Beyond’, temos uma trama que foi praticamente copiada pela série da Netflix.
Em ‘World Beyond’, 14 anos após o apocalipse zumbi, um grupo de jovens adolescentes, liderados por duas irmãs, parte em uma arriscada jornada por todo o território norte-americano. Seu objetivo? Encontrar e resgatar o pai dessas irmãs. Um cientista que trabalha para uma misteriosa organização que está diretamente ligada com o fim do mundo.
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Desta forma, fica claro que “Resident Evil” da Netflix, optou por, ao invés de seguir a história dos games da franquia, em copiar na cara dura a trama da concorrente. E as ‘copias’ ou referências a outras produções de zumbis não param por aí.
Já que a série, também, ‘copiou’ em uma de suas cenas, o longa: ‘#Alive. Filme sul-coreano de apocalipse zumbi, também produzido pela Netflix.
O QUE FIZERAM COM O WESKER?
Todo fã de ‘Resident Evil’ que se preze sabe que o Wesker é, se não o maior vilão, um dos seus melhores. Contudo, na série da Netflix, Wesker é um dedicado pai de família, cujo o seu maior desejo é proteger as suas filhas e por tabela, a si mesmo. Consistindo aí um dos maiores problemas da série para os fãs.
Todavia, embora a série tenha feito esta mudança drástica para com a origem do vilão, por um outro lado, algumas das suas características foram mantidas.
Aí, consiste, por exemplo, a questão quanto aos clones do Wesker. Elemento primordial do personagem nos games da franquia. Que, embora não tenha sido feito da melhor forma possível, ao menos se fez presente na obra da Netflix.
EVELINE MARCUS, DO ABSURDO AO RÍDICULO
Por conseguinte, outro ponto lamentável da produção é a sua vilã. Interpretada por Paola Núnez, Evelyn Marcus é a CEO da Umbrella Corporation na trama de ‘Resident Evil’ da Netflix.
Filha do fundador da empresa, Evelyn é inescrupulosa e implacável, fazendo de tudo para que a sua empresa volte a ter ‘dias de gloria’ após o incidente ocorrido em Raccoon City em 2005.
Contudo, a personagem não tem nada haver com a dos games. Enquanto que na obra da Netflix, ela é uma mulher amarga e inescrupulosa, na franquia de games de ‘Resident Evil’, Evelyn representa uma ameaça muito maior do que se pode imaginar.
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Além de tudo isso, a personagem acaba protagonizando um dos momentos mais toscos da série e que foi extremamente criticado e ridicularizado pelos fãs.
Isto pois, 14 anos no futuro, ela acaba sofrendo um controle mental por uma das filhas de Wesker, que a obriga a cantar e dançar, protagonizando uma cena, que por mais que tenha sido tosca, por incrível que pareça faz sentido dentro da trama da série.
MAS, NEM TUDO SÃO TREVAS!
Contudo, impressionantemente ou não, nem tudo são trevas na adaptação da Netflix. Isto pois, embora cheia de defeitos, a produção até que tem os seus momentos. Se deixarmos de lado o legado dos games, a série entrega (ao menos em seus episódios inaugurais), uma produção que se não é bom, é no mínimo aceitável.
Por outro lado, também é igualmente verdade que ela se perde da metade para o final, com o seu episódio derradeiro dando uma ligeira melhorada na trama. Entre mais erros do que acertos, a série acaba sendo totalmente diferente da franquia de games que busca retratar.
Em suma, como obra de audiovisual, a série da Netflix, embora não seja perfeita, consegue prender e entreter o espectador, mas sem causar emoções fortes.
Mas, me diz aí: o que vocês acharam da série? Deixem nos comentários as suas opiniões.
Quer saber um pouco mais sobre os erros e acertos da série? Clica no link abaixo e confira no vídeo do meu canal.
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