A HBO nos envolveu em uma trama curta e intensa, The Undoing nos apresentou a típica trama clichê para tentarmos descobrir quem é o assassino. A rica família perfeita se torna alvo da mídia ao se evolver em um caso de assassinato que chocou a todos. A Produção conta com nomes de peso como Nicole Kidman e Hugh Grant, por aí, já temos motivos para querer assistir.
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A trama de the undoing
ATENÇÃO!! O TEXTO CONTÉM SPOILERS E REVELA DETALHES IMPORTANTES!!
Nos dois primeiros episódios temos pistas mais que suficiente de quem é o criminoso. O óbvio está na cara, mas o que a gente tenta é, talvez enxergar um outro suspeito, quando na verdade não há, embora surjam pistas que levam a suspeitarmos de outros.
O telespectador pode ser facilmente confundido com as pistas falsas que são deixadas, hora achamos que Grace Fraser (Nicole Kidman) seria uma possível suspeita, outra hora somos convencidos que o criminoso realmente é Jonathan Frase (Hugh Grant). E não para por aí, a trama ainda joga outro suspeito, o filho do casal, Henry que é interpretado por Noah Jupe.
Como as histórias se cruzam
Elena Alves (Matilda De Angelis) foi uma personagem fundamental logo no início, dando a entender que a mesma será uma personagem principal, e não deixa de ser. A jovem casada e mãe de dois filhos nutre uma obsessão por Grace que não dura muito, já que Elena é uma personagem criada para morrer, fazendo com que a sua terrível morte seja pano de fundo para o enredo.
Logo descobrimos que Elena era amante de Jhonathan, que era o médico de seu filho mais velho que sofre de câncer. Mas as histórias se cruzam mesmo quando a notícia da morte de Elena surge e causa impacto, até em nós telespectadores.
A partir daí, começam a surgir os fatos e pistas, e claro, o principal suspeito sempre se diz inocente, mas diante das evidencias é quase impossível não enxergar Jhonathan como o assassino cruel que ceifou a vida da jovem mãe.
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Alguns atores coadjuvantes são uma incógnita, ou estão ali só para serem utilizados quando preciso, ou talvez apenas para preencherem a folha de pagamento da emissora, como por exemplo, a personagem Sylvia (Lily Rabe), que a meu ver não foi útil na história, a não ser para ficar fofocando com a Grace no telefone e deixar uma ponta solta no final que intriga quem assiste.
A dinâmica entre a promotora de acusação e Sylvia nos faz entender que algo acontecia entre elas, mas que não ficou claro, não sabemos o que é e nem saberemos, pois espero que a HBO não invente uma segunda temporada, como fez com Big Little Lies.
O final
The Undoing tem uma produção belíssima, cenas muito bem feitas, mas que o final deixou a desejar. A construção toda faz com que o telespectador teorize, até mesmo porque a própria narrativa nos dá conteúdos para isso. O próprio título da série esfrega a verdade na nossa cara ao mesmo tempo em que transforma parte dos personagens em suspeitos. (Estamos sendo manipulados)
O episodio final teve um o roteiro preguiçoso, muito óbvio para quem esperava uma reviravolta. Os últimos minutos trouxe um enredo um tanto fraco que me lembrou muito a novela ‘Senhora do Destino’, a cena final da ponte. O que foi aquilo?
Enfim, a série tem um fim discutível, previsível até demais, e que não traz nenhuma surpresa interessante, mas com cenas muito bem bem produzidas. Isso é indiscutível! Em suma, o drama oferece um bom material para os protagonistas confirmarem que são excelentes atores, destaque para Hugh Grant que está no seu ápice da atuação.