0

A Netflix lançou sua mais nova minissérie, Alguém Tem Que Morrer, produção espanhola que chega dando seu nome em uma das melhores produções lançadas do ano do streaming.

LEIA TAMBÉM | RIVERDALE: JUFHEAD MORREU? A TEORIA MAIS ACEITÁVEL
o enredo
Crítica Alguém tem que morrer

Alguém Tem Que Morrer – Crítica: O tiro certo da Netflix. | Crédito: IMDb.

Bebendo da fonte dos grandes dramas mexicanos, com famílias ricas de grande influência, matriarcas fortes e cheias de si, a minissérie chama a atenção. No entanto, traz também discursões a cerca de temas delicados e que mesmo tendo um avanço histórico considerável, ainda sentimos seus resquícios, como é o caso da homofobia.

Alguém Tem Que Morrer, se passa na Espanha dos anos 50, trazendo um contexto político muito forte, onde o país vinha do fim de uma guerra e estava vivendo um período de ditadura na “Era Franco”. Contudo, naquela época distorcida, pessoas consideradas inadequadas eram submetidas a tortura, presos e entre outras coisas.

O show trabalha primeiramente a relação interpessoal dos personagens. Todos possuem um background muito bem estruturado e que se ligam de alguma forma, se costurando até chegar em seu gran finale.

A história
Crítica Alguém tem que morrer da Netflix

Alguém Tem Que Morrer – Crítica: O tiro certo da Netflix. | Crédito: IMDb.

Gabino (Alejandro Speitzer), a pedido de sua família, volta do México para sua cidade natal na Espanha, mas traz um amigo de surpresa. Os familiares  estão planejando o seu casamento com uma moça, filha do sócio de seu pai. No entanto, o entrosamento de Gabino com seu amigo, começa a levantar certos boatos sobre sua sexualidade, até que se espalha e seu pai precisa tomar medidas drásticas, afim de permanecer tendo respeito e credibilidade perante a todos.

Em suma, essa é a premissa da série que traz um elenco muito bem montado e que encaixa perfeitamente. Com um histórico em que a presença masculina é muito forte sobre as mulheres na época, a série traz um protagonista feminino muito grande. Contudo, vemos que mesmo sendo coadjuvantes na vida dos homens, possuem uma presença imponente e se mostram mais capazes de lutar pelo que acreditam e por quem amam.

Portanto, a série traz um paralelo muito interessante e muito bem desenvolvido sobre ser quem é ou se reprimir para ser quem os outros querem que sejamos.

tabús 

Crítica Alguém Tem Que Morrer: O tiro certo da Netflix. | Crédito: IMDb.

Em um país ditatorial, onde “mariconas” precisam ser torturados e mortos, ou você enfrenta o sistema ou se esconde e tenta viver uma vida que não é sua. E as consequências disso nós vemos nos personagens de Gabino e de Alonso (Carlos Cuevas). Alonso se oprime e vive de acordo com a moral e o que é “certo”, se diz hétero e que gosta de pessoas desviadas.

Cuevas é um dos grandes destaques da série, onde consegue passar através do olhar suas inquietações, enquanto seu corpo nos diz outra coisa. O ator é responsável por um dos melhores momentos da minissérie, que é a sua última conversa com Gabino. Ele pede para descrever como é ter uma relação com outro homem. No entanto, ao ouvir e sentir que ele precisava daquilo, mas que não teria coragem de fazer, ele tenta tirar a própria vida. O personagem possui um dos backgrounds bem mais interessantes e complexos da minissérie e graças ao ator conseguimos sentir e absorver tudo aquilo que é dito e o que não é dito.

LEIA TAMBÉM | REVIEWS PRIMEIRA TEMPORADA DE WE ARE WHO WE ARE

Uma das cenas mais marcantes é quando Gregório (Ernesto Alterio) prende seu filho por ser gay. Em um momento de tortura, os policiais amarram a boca e o nariz de Gabino com um pano e em seguida com uma corda, o sufoca. Gregório, ali presente sem poder se compadecer pelo seu filho, tem seu real sentimento abafado. É então que temos, em cena, uma representação de seu estado de espirito, onde vemos ele se sentindo amordaçado e torturado igual ao seu filho.

Um recurso psicológico muito forte e que serve para deixar sem dúvida o que realmente cada personagem sente, mesmo que ele esteja demonstrando outra coisa.

observações finais

Crítica Alguém Tem Que Morrer: O tiro certo da Netflix. | Crédito: IMDb.

A Netflix capricha e muito na produção, com uma ótima direção e excelente fotografia, se destacando como uma das melhores produções espanholas já produzidas pelo streaming.

A minissérie Alguém Tem Que Morrer, faz jus a seu nome! Portanto, você, facilmente, cria ranços e quer matar alguns personagens. Em seu ato final a série traz um tiro ao alvo muito tenso e surpreendente.

A produção termina e você pede por mais!

Em seu elenco nomes de destaques como de  Ester Expósito (‘Elite‘), Cecilia Suárez (‘A Casa das Flores‘), Ernesto Alterio (‘Narcos‘), Alejandro Speitzer (‘Desejo Sombrio‘), Pilar Castro (‘Julieta‘), Isaac Hernández, entre outros.

ASSISTIMOS! E AÍ: "ALGUÉM TEM QUE MORRER"

8.8

Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

WE ARE WHO WE ARE 1X06: Episódio desenvolve um pouco mais a relação “proibida” entre Fraser e Jonathan

ARTIGO ANTERIOR

WE ARE WHO WE ARE 1X07 : LUTO, EMBATES E UM QUASE MENÁGE FORAM OS DESTAQUES DO SOMBRIO EPISÓDIO

PRÓXIMO ARTIGO

ARTIGOS SUGERIDOS

MAIS POSTS EM ASSISTIMOS!! E AÍ?