Supernatural está de volta para sue último ano de show e nós estamos aqui com o review Supernatural 15X01.
Com um atraso de quase três semanas (a série estreou nos Estados Unidos dia 10/10), os fãs brasileiros puderam conferir o primeiro episódio da última temporada, intitulada “De Volta Para o Futuro” (tradução literal), na Warner Channel.
Apesar de revermos alguns fantasmas de outros capítulos, o episódio em si foi bem morno, o destaque ficou mesmo para o demônio do momento Belphegor, irei falar mais sobre ele logo abaixo.
Preparamos para vocês um resumo do que aconteceu de mais interessante dessa estreia. Já aviso, se você está lendo esse review, significa que já tenha assistido ao episódio. Por tanto, teremos, sim, muitos SPOILERS.
Vamos começar pelo fim…
E não, não estou falando do final da 15ª temporada e sim da 14ª. Como devem se lembrar… Ao se recusar cumprir as ordens de Deus, os irmãos atiçaram a ira do divino, fazendo com ele liberasse todas as almas do inferno e sabe-se lá de onde mais, para um futuro apocalíptico. Sabemos que Sam também se feriu ao disparar contra o todo poderoso. E o mesmo por sua vez, acabou queimando a alma de Jack e desaparecendo, deixando os protagonistas frente a frente a centenas de zumbis fantasmas ou seria “Zumbasmas”? Não vem ao caso. Para se protegerem eles conseguem entrar em uma cripta, porém sem possibilidades de fuga do local.
Castiel está melancólico e pedante como sempre foi, abalado com a morte de seu “filho adotivo”, ele consegue ser ainda mais depressivo. Dean, já deveria ter ganhado há muito tempo o prêmio de “hipócrita do ano”, por suas constantes oscilações de humores e sentimentos. Ao dizer, olhando o cadáver de Jack, “ele não merecia isso”, o caçador, na minha opinião, com certeza leva o troféu para a casa. Talvez os roteiristas devem pensar que o telespectador sofre de perda de memória recente (em muitos casos, sim), e tenhamos nos esquecidos que durante toda a décima quarta temporada, ele, com sangue nos olhos, caçou o garoto para acabar com sua existência, pelo que ele fez com a Mary. Confesso que fiquei com pena do Nefilim, porque realmente ele não teve a menor intenção. Enfim…
O caso aqui é que Dean muda de humor e sentimentos, como nós mudamos de roupa. Mas nós o amamos do mesmo jeito.
O melhor personagem do episódio…
Todos concordam que apesar de super poderoso, o Jack era uma versão mais jovem do Castiel. Chato por igual, podendo ser facilmente o filho legítimo do anjo. Mas, assim como Cas, passamos a ter um uma certa empatia pelo personagem.
Quando Deus queimou sua alma, seu corpo ficou livre para qualquer entidade que tenha fugido do inferno. No entanto, não esperávamos gostar tanto dessa nova entidade. O Demônio Belphegor, um dos 7 príncipes do inferno, responsável pelos pecados da preguiça e da luxúria, se apodera do corpo de Jack, atiçando a ira de Castiel. Contrariando as vontades do anjo, os irmãos Winchester decide se aliar ao demônio que busca o mesmo objetivo deles, fechar o portal e levar as almas de volta para o inferno, pois o trabalho dele lá, em suas próprias palavras é “muito prazeroso”, ele era responsável em torturar as almas que eram mandadas até ele. E claro, ele é o único que poderia tirar o trio daquela cripta.
A atuação de Alexander Calvert está sublime nesse novo papel. Logo de cara já nos apaixonamos pelo demônio. Essa não é a primeira vez que os irmãos se aliam ao inimigo por um bem comum, Crowley, Rowena e até mesmo o próprio Lúcifer já fizeram uma dobradinha com os protagonistas. E espero, espero muito poder ver esses três novamente nessa última temporada.
A volta dos que não foram…
Como mencionei no começo do texto, pudemos rever alguns fantasmas emblemáticos das outras temporadas, situação, que acredito eu, irá se repetir em todos episódios.
Nesse primeiro, revisitamos a Mulher de Branco do Piloto, e Bloody Mary do episódio 5, bem como o assassino em série da temporada 14, John Wayne Gacy, quando eles atacaram e assassinaram novas vítimas sem nome. Infelizmente, eu me senti muito indiferente pela situação das vítimas que cruzaram o caminho de alguns dos fantasmas recém-ressurgidos, mas valeu para poder rodar a história e nos mostrar que muito dos que foram estarão de volta a qualquer momento.
SAAAAAAAAAAAAAAAAM…
Já sabemos que Sam está ferido, por ter acertado Deus. Mas esse ferimento não é tão comum quanto parece. Ao que tudo indica teremos novamente, assim como na primeira temporada, problemas com a alma do caçador.
O pobre Sam abaixou a cabeça e fez seu maldito trabalho durante todo o episódio, enquanto trabalhava em uma crise existencial após sua conversa reveladora e horripilante com Deus no Bunker – em “Moriah”, foi ele quem confrontou Chuck com a verdade, e a descoberta claramente o esmagou – sem contar que ele está lutando com um ombro no Equalizer.
Lembre-se, a arma dispara uma onda de energia multidimensional usando um vínculo quântico equilibrado entre o atirador e a vítima, e ele acertou o próprio Deus.
Créditos para Padalecki
O trabalho bonito e discreto de Padalecki foi de primeira qualidade, como de costume. Quando ele é cortado por Gacy e curado por Cas, a verdade revelada sobre o ferimento no ombro acrescenta outra camada a todo o seu desempenho.
O dano causado pelo equalizador é mais do que físico. Quando Cas verifica o ferimento no ombro após o intestino e tenta curá-lo também, ele desencadeia uma visão – definitivamente visita a mente de Sam. O anjo vê uma versão do rapaz, iluminada em vermelho, com olhos negros e um sorriso maligno, observando seu irmão implorar, caído no chão. A reação de Sam, antes e depois da tentativa de cura, é petrificada. “Não é nada, está tudo bem, é só …”
Se Cas agora conhece os detalhes ou não, não sei dizer, mas ele descobre horrorizado que a ferida contém uma energia que nunca havia sentido antes e que não pode curá-la. “Como eu disse, está tudo bem”, Sam afirma e não, não, não está.
Podemos, com toda a certeza esperar uma outra sequência de quando Sam estava com a alma por um fio, pronto a ceder para Lúcifer, e fingindo para todos que estava tudo bem.
leia também: Lúcifer: O que esperar da temporada final?
Temos trabalho pela frente…
Voltamos com nosso review Supernatural 15X01.
Se Deus desistiu deste mundo, se ele ficou entediado e seguiu em frente, deixando-os perecer… Bom, o mundo agora é dos Winchester para a tomada. Se eles podem fazer isso – e eu amo a autocorreção de Sam – não “se”, mas “quando” – se eles podem salvar o mundo do caos de Deus mais uma vez e terminar o trabalho, então o labirinto não existe mais. Eles são livres. Verdadeiramente livres, abater os encargos de suas vidas, fazer suas próprias escolhas sobre seu futuro, não apenas para sobreviver, mas para viver.
E claro, eles precisarão da ajuda de muitos para concertar essa bagunça épica. A cena final foi de uma sútil delicadeza e nostalgia, nos trazendo para o final do capítulo piloto, onde os irmãos se apoiam e iniciam sua jornada.
Com o mesmo enquadramento de câmera, a mesma intenção e a mesma emoção, vemos Dean e Sam prontos para a batalha… Eles ainda tem muito trabalho pela frente.
Semana que vem estarei aqui de volta com mais um review de SPN. Espero que tenham gostado e até a próxima.