Vladmir Herzog, Juscelino Kubitscheck, Carlos Marighella, Stuart Angel e Carlos Lamarca são alguns dos personagens históricos da nova série Investigadores da História, que estreou no dia 9 de fevereiro no HISTORY. A produção aborda pela primeira vez crimes ocorridos durante a ditadura.
Apresentada pelos criminalistas Mauro Yared (especializado em perícia de mortes violentas) e Celso Nenevê (perito em balística e explosivos), a série de 13 episódios coloca à prova toda a experiência e técnicas de investigação dos especialistas para esclarecer casos que ocorreram em um passado distante.
A dupla de apresentadores de Investigadores da História fez parte do núcleo pericial da Comissão Nacional da Verdade – CNV. Ao longo dos episódios, eles realizam novos exames, usando em suas investigações a ciência, tecnologia de ponta e a intuição para indagar a verdade dos fatos.
Essa produção é resultado de cinco anos de pesquisas e investigações. Pela primeira vez, são abordados crimes do período da ditadura, incluindo tortura, mortes e ocultação de cadáveres, com um enfoque 100% pericial. Militantes de esquerda e estudantes que defendiam ideias ou terroristas? Torturadores, assassinos ou policiais cumprindo o seu dever? Em alguns episódios, a brutalidade (e eficiência) das forças de repressão e de inteligência ficam patentes. Em outros, comprovamos que a ditadura não teve nada a ver, como será demonstrado no episódio dedicado a Juscelino Kubitschek, afirma Tony Rangel, produtor da série.
O episódio de estreia se debruça sobre Stuart Angel Jones, em um dos casos mais famosos do período da repressão, cuja história se tornou tema do filme Zuzu Angel, em 2006. Filho da estilista carioca Zuzu Angel e do congressista americano Norman Angel Jones, Stuart era estudante na UFRJ e dirigente do movimento revolucionário MR-8. Em 1971, no auge da repressão, ele desapareceu sem deixar rastros e até hoje o corpo não foi encontrado. Os peritos criminais investigaram o caso e recuperaram o cadáver e a história dos últimos momentos de Stuart Angel. Mauro Yared foi o responsável por essa investigação, que começou na Comissão Nacional da Verdade.