Por Com o preço por sua cabeça cada vez maior, o lendário assassino de aluguel John Wick leva sua luta contra o High Table global enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova York a Paris, do Japão a Berlim.
O quarto capítulo chega ao cinema com muita ação, tiro, porrada e bomba. Podemos ver Keanu Reeves novamente vivendo o melhor assassino de aluguel de todos os tempos. Nessa continuação o protagonista busca conquistar sua liberdade e desvincular-se completamente das obrigações do High Table.
LEIA TAMBÉM: CRÍTICA | HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA – Longa é tão ruim quanto dizem?
Dirigido mais uma vez por Chad Stahelski e roteirizado por Michael Finch e Shay Hatten, que juntos conseguem entregar uma excelente finalização para a saga de John Wick. Percorre em fazer uma recapitulação do protagonista em reviver alguns dos momentos mais marcantes dos filmes anteriores.
O ENREDO
Com muitas cenas de ação de tirar o folego e lutas muito bem coreografadas, vemos o Sr. Wick chegar ao seu extremo e exaustão completa no embate entre a vida e a morte contra diversos adversários para chegar ao seu objetivo.
O protagonista deseja sair definitivamente da Alta Cúpula, então precisa enfrentar um processo bastante árduo. Portanto vemos toda sua caçada por alguns lugares do mundo. Um desses lugares é Osaka no Japão, onde é travado o primeiro grande confronto, com muitos tiros, luta corporal e claro ao estilo japonês com as famosas espadas. Berlim certamente é outro lugar importante, pois revela um pouco a origem da família Wick.
LEIA TAMBÉM: CRÍTICA | ALICE IN BORDERLAND 2: Produção prova que Netflix consegue sim, fazer boas adaptações de animes
Enquanto John está a procura do seu alvo para dar um fim em tudo, o valor por sua cabeça aumenta a cada hora. E isso faz com que todos os assassinos o cacem por onde quer que vá, nem dando tempo para se recuperar dos embates que enfrenta nessa grande caçada.
PRODUÇÃO
O longa dá um show na fotografia, ainda mais com a combinação da paletas de cores que fazem uma excelente composição visual. As cores são exploradas conforme as ações e ambiente, que por sua vez possui uma cor dominante destacando cada lugar. Podemos ver John muitas vezes em tons avermelhados e quentes simbolizando seu desejo de vingança e outras vezes em tons azulados e frios simbolizando momentos de calmaria ou para enfatizar sua completa exaustão.
LEIA TAMBÉM: CRÍTICA | TEEN WOLF: Preciso trazer o meu descontentamento com esse filme
As cenas de luta são muito bem coreografadas, ainda mais com alguns planos sequência, que acredito ter demorado bastante para finalizar. Existe um plano sequência muito específico que certamente nunca tinha visto antes no cinema, somente em vídeo game. Esse plano é diferente em seu enquadramento, composição e posição de câmera, além de ser um plano sequencia proporcionando uma visão incrível que só assistindo para entender e se encantar.
A trilha sonora está sensacional e envolvente, principalmente nas cenas de ação. Nada melhor do que um ótimo filme de ação com uma trilha que te envolve e deixa entusiasmado.
NOVOS PERSONAGENS
Os novos personagens são bem carismáticos e conquistam o público logo de cara. Além disso cada um tem características e arcos bem interessante para a narrativa e desenvolvimento.
Caine
Caine (Donnie Yen) é um grande destaque como o principal coadjuvante. É um assassino de aluguel que deixou a High Table, mas logo é convocado sobe ameaça da Cúpula para caçar seu velho amigo John . Ele é deficiente visual, condição essa que é subestimada por todos. Entretanto, sua capacidade é surreal e inacreditável lembrando bastante o Demolidor.
Senhor Ninguém
Senhor Ninguém (Shamier Anderson) um homem misterioso acompanhado de sua fiel cadelinha. Carrega um caderno com diversas anotações peculiares e deixando alguns mistérios. Entretanto, no decorrer da trama alguns mistérios são revelados e consequentemente vemos o interesse por John Wick. Shamier dá um show em sua atuação, entrega um excelente personagem.
Marquês de Gramont
O Marquês de Gramont (Bill Skarsgard) é a nova representação da High Table em sua forma mais cruel e violenta que Wick enfrenta nesse último filme. Certamente um cara completamente sádico e arrogante, que acha que nada e ninguém é mais poderoso que ele, subestimando o grande Baba Yaga. Bill consegue convencer toda sua maldade com sua excelente atuação.
FIM DA FRANQUIA? (ALERTA DE SPOILER)
John Wick chega ao seu quarto e ultimo capitulo de modo bastante digno e satisfatório para um fim de franquia. O personagem tem seu desfecho final merecido, ou seja toda sua luta pela sua liberdade chega ao final após um período de exaustão física e mental.
LEIA TAMBÉM: OS 13 PORQUÊS: MOTIVOS PARA ASSISTIR BLINDSPOT
O longa encerra com a libertação e o tão sonhado descanso de John Wick da Alta Cúpula. Logo após um ultimo embate melancólico ao modo faroeste, o mesmo recorda pela primeira vez de forma mais pura e plena seu grande amor. Enquanto caminha de volta pra casa ao amanhecer, sua esposa Helen toma conta de seus pensamentos, as cores retornam ao normal e finalmente ele sente paz.
POR FIM
John Wick 4 chega fazendo jus a todo o seu legado, assim deixando sua marca no cinema. Com suas quase 3 horas de duração, consequentemente é o filme com a maior dose de ação, lutas, tiros e humor de toda a franquia, portanto na minha opinião é o melhor de todos. Dando uma aula de como se faz um excelente filme de ação. Assistam até o final, pois possui cena pós-crédito.
LEIA TAMBÉM: CRÍTICA | BLINDSPOT 5: Série se encerra com fortes sinais de desgastes e com uma grande incógnita
A franquia John Wick chega ao fim, mas um spin-off já está sendo trabalhado. Intitulado Ballerina e protagonizado por Ana de Armas, contará a história de uma jovem que busca vingança pela morte de sua família.
E por fim, deixo aqui minhas profundas condolências pelo falecimento de Lance Reddick que interpretava o concierge Charon. A vida imitando a arte, já que assim como seu personagem Infelizmente o ator também faleceu, antes mesmo da estreia do filme. Descanse em paz!
