Por Reality Z, nova série brasileira da Netflix, chegou ao sistema de streaming “abalando Bangu”, não importa por qual motivo, o importante é que chegou na boca do povo.
Com um roteiro fraco e atuações mais fracas ainda, Reality Z, perde todo o potencial de se tornar um dos poucos sucessos nacionais da Netflix. Entretanto, prefere mergulhar em um enredo trash, potencializado ao quadrado da hipotenusa, se é que isso possa existir (sou de humanas galera rs).
Crítica Reality Z: Produção nacional de Netflix é mais morta do que viva. Crédito: IMDb.
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A série já começa nos inserindo ao apocalipse zumbi, no Rio de Janeiro. O caos toma conta da cidade, mas nem toda a população esta ciente do que esta acontecendo com o mundo. É o caso dos envolvidos no Reality Show “Olimpo”, seguindo os moldes do famoso BBB. Quando a pandemia se instaura, apenas os confinados e os envolvidos na produção do programa estão “seguros”.
Vou fazer um adendo sobre os zumbis. Eu acho inadmissível alguém não saber o que é zumbi em pleno século XXI, e mesmo que não saiba o que seja um zumbi, as pessoas não são burras o suficiente para ver alguém comendo uma pessoa e ficar olhando e esperando para ser comido.
Pegando as falas acima, preciso dizer que os personagens são extremamente burros, não apresentam nenhum tipo de amadurecimento diante da situação e levam as coisas muito na brincadeira, mesmo que isso represente sua morte.
Crítica Reality Z: Produção nacional de Netflix é mais morta do que viva. Crédito: IMDb.
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Reality Z tem o complexo de Game Of Thrones, onde todos estão suscetíveis a morrer e, dando um SUPER SPOILER, isso é levado ao pé da letra. Apenas dois atores recorrentes da série sobrevivem nesta primeira temporada.
Apesar de ser trash Reality Z, consegue capengando alguns poucos momentos interessantes. Levantando questões implícitas na nossa sociedade, onde temos um ator preto que chega carregando um rifle, e logo de imediato todos os chamam de traficante. Entretanto, em uma dinâmica para conseguir a permanecia dentro do reality, ele revela a todos que não é traficante ou marginal e sim um professor de matemática. Essa cena eu acho uma das mais importantes da série, pois levanta um preconceito enraizado em nossa sociedade. Em que uma pessoa preta, sempre será posta em duvida e julgada, apenas por sua raça.
Crítica Reality Z: Produção nacional de Netflix é mais morta do que viva. Crédito: IMDb.
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Tendo muitos, mas tipo, muitos mesmo, momentos ruins, a produção da Netflix traz atores de gabarito, consegue criar bons momentos de tensão e consegue apresentar um final cheio de adrenalina e posso dizer que, um pouco surpreendente.
No fim, temos uma clara conclusão de que a produção terá uma segunda temporada. Entretanto, não sei se vinga, diante da repercussão ruim, junto ao publico e a crítica especializada.
Reality Z teria um grande potencial, se não seguisse o caminho cômico e se buscasse uma seriedade, alinhada com uma boa direção. A produção possui bons efeitos visuais e sonoros, uma trilha sonora diferenciada e que infelizmente mergulha em um território estereotipado e que perde, por ter medo de se arriscar a sair do óbvio e apresenta mais do mesmo.
Crítica Reality Z: Produção nacional de Netflix é mais morta do que viva. Crédito: IMDb.
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A atuação de Sabrina Sato é nada mais, do que ela sendo ela mesma (semelhante ao Bial em Supermax). Contudo, ela interpreta um papel, onde a direção apenas diz: “seja você e seja cômica em sua morte” e ela o faz dignamente. Não podemos esperar uma super atuação de uma pessoa que não atua e que claramente não teve uma boa direção.
Em suma, Reality Z consegue inovar no gênero e nos efeitos visuais, as caracterizações dos zumbis e serviço de VFX, usado para criar um do Rio de Janeiro apocalíptico, são os pontos fortes da produção. Entretanto, desliza e feio em todo o resto.
