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Toy Boy, novo fenômeno da Netflix, chegou chegando! A produção veio com a proposta de trazer mistério, muito stripper, sexo e no meio de tudo isso ainda teve espaço para um drama.

Sinopse da série:

Depois de passar sete anos na prisão, um stripper recebe o direito de ser julgado novamente enquanto está em liberdade provisória. Agora, ele vai tentar fazer de tudo para provar sua inocência e mostrar que foi sua amante que organizou o assassinato do próprio marido.

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o enredo
Protagonistas de TOY BOY da Netflix.

María Pedraza, Jesús Mosquera e Cristina Castaño em Toy Boy. | Crédito: IMDb.

Toy Boy traz em seu enredo a história de Hugo, um stripper que tem um caso com Macarena, empresária bem sucedida, que o tem como um gigolô de luxo. A trama começa quando Hugo e Macarena vão para uma festa de orgia, regado a drogas, bebidas e muito sexo. O marido de Macarena a flagra com Hugo e aí começa o inferno astral do personagem.

O stripper é acusado injustamente pela morte do marido de sua amante, é condenado e passa sete anos preso, até conseguir liberdade provisória. Com essa oportunidade Hugo começa uma busca pela verdade, na tentativa de provar sua inocência e o verdadeiro culpado pelo crime.

A história da série é chamativa e traz curiosidade aos telespectadores. Nos envolve e faz com investiguemos, junto ao protagonista, quem, de fato, é o assassino. O episódio piloto nos apresenta os fatos principais, mas peca um pouco na tentativa de agradar gregos e troianos, com cenas que seriam interessantes se fossem bem produzidas, o que não foi o caso.

Cena de orgia em Toy Boy

Raudel Raúl Martiato , José de la Torre , Carlos Scholz , Jesús Mosquera e Carlo Costanzia em Toy Boy. | Crédito: IMDb.

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O ato em que antecede o início dos acontecimentos principais, nos leva á uma casa de orgia, frequentada, somente, pelos os mais ricos da cidade. – A cena poderia ter sido muito mais interessante, se não fosse tão coreografada. – Toy Boy tem classificação etária de 18 anos, então não precisa de pudores e meias palavras, é possível expor um pouco mais, sem parecer pornográfico (uso como exemplo a cena de orgia de The Witcher, onde Yennefer enfeitiça o rei e os moradores do palácio, transformando o local em um verdadeiro bacanal). Por não ter sido tão bem explorada, ficou apenas uma sensação de cena desnecessária, podendo, facilmente, encontrar outra situação que leve ao conflito central da trama.

As atuações
Parte do elenco de Toy Boy da Netflix

Parte do elenco de Toy Boy da Netflix. | Crédito:IMDb.

A escalação dos atores é um fato muito, muito complicado, pois me pareceu que não estavam a fim de fazer testes e trouxeram pessoas por QI, não sei. Acho alguns atores péssimos e que possuem papeis fundamentais na trama.

O ator Juanjo Almeida (Andrea Medina), tem um dos arcos mais importantes, se não o mais, pois o seu papel é a chave do mistério. Mas, a atuação do ator é muito fraca, frente a complexidade do personagem. Ele não consegue passar verdade em quase nenhuma cena.

A atriz María Pedraza, famosa por fazer parte de dois fenômenos da Netflix (La Casa de Papel e Elite), não conseguiu dar seu melhor. Não convenceu no papel de advogada. Fraca, passiva, que é capaz de largar seu emprego por causa de homem, transforma Triana Mariz em uma personagem coadjuvante, apesar de ser par romântico do protagonista. Uma pena, pois a atriz tem potencial. O problema (na minha visão) é dos roteirista e da direção, que criaram uma personagem sem personalidade, carisma e completamente esquecível.

O núcleo do “inferno”, boate onde o protagonista e seu grupo de amigos trabalhavam fazendo Stripper, serviu apenas para atrair o público feminino. Só consigo acreditar nisso.

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Em vários momentos eu acreditava que estava sintonizado no SBT, assistindo uma novela mexicana. O tom da série é muito ao extremo, destoando dos últimos lançamentos espanhóis da Netflix. Não é algo que atrapalhe ao assisti-la, mas em certos momentos, pensamos que vai entrar um comercial e vamos ouvir Thalía cantando “Y a mucha honra María la del Barrio soy” (risos).

Episódios longos que poderiam ser desenvolvidos em menos tempo

María Pedraza em Toy Boy. | Crédito: IMDb.

A famosa “barriga” não se vê apenas em novelas e Toy Boy é prova disso. Com episódios longos de mais de uma hora, e treze capítulos, histórias desnecessárias vão ganhando destaque e muitas vezes levantam questões que não serão abordadas ou discutidas futuramente.

Uma série que é proveniente de um diretor que produziu “La Casa de Papel”, é inadmissível que se esqueça uma regra fundamental em qualquer narrativa, “tudo que se é mostrado em cena tem que ter um propósito”. Não pode, apenas, apresentar o fato e depois fingir esquecimento. Em Toy Boy temos muitas cenas que são jogadas e em nenhum momento é voltado para se explicar ou dar uma conclusão.

Dito isso, até hoje me pergunto o que aconteceu com o cunhado de Iván, quando foi contratado como garoto de programa e a mulher, que pagava pelos seus serviços, utilizou fetiches que acabou o traumatizando. Não mostrou o que foi feito de tão grave a ponto de traumatizá-lo, deixou subentendido que seria explicado, mas a temporada acabou e não chegamos à explicação (quem sabe, se tiver uma continuação, a gente possa ter).

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entretanto…
Parte do elenco de Toy Boy da Netflix.

Raudel Raúl Martiato, José de la Torre, Carlos Scholz, Jesús Mosquera, e Carlo Costanzia em Toy Boy da Netflix. | Crédito: IMDb.

Toy Boy apesar de trazer um enredo batido e já usado diversas vezes em várias outras séries, consegue te envolver e te deixa curioso para saber o que vai acontecer. Com vários plots e reviravoltas você vai se questionando e criando dúvidas do famoso “quem matou”. Quando você descobre, a série te prega uma peça e te faz voltar pra estaca zero. Na minha opinião, esse fato é o que faz o show não se perder entre mais um do catálogo.

O mistério fica até o fim da temporada, mas isso não significa que a forma como é sustentado seja interessante, pois para que isso ocorra a direção faz com que personagens pareçam “burros” e isso é chato para os telespectadores.

um shipp que não shippou

María Pedraza e Jesús Mosquera em Toy Boy da Netflix. | Crédito: IMDb.

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O protagonista Hugo Beltrán, (Jesús Mosquera) apesar de entregar uma atuação OK, é muito ingênuo quando convêm e muito “fodão” quando lhe interessa, ou seja, ou você o ama ou odeia.

O casal Triana e Hugo (“Trigo”, uma tentativa de Shipp), não colou, não teve liga. A química entre eles não surgiu em nenhum momento da temporada. Sentia mais química entre Hugo e Iván do que nos dois. (Cheguei até imaginar que eles tivessem um rolo no passado, mas nunca rolou). Repito, o motivo está no conceito criado para a personagem da Maria Pedraza. Não deram personalidade para a personagem.

José de la Torre (Iván), Cristina Castaño (Macarena Medina), Álex Gadea (Mateo Media) são alguns destaque da série.

Conclusão
Elenco de Toy Boy da Netflix.

Raudel Raúl Martiato, José de la Torre, Carlos Scholz, Jesús Mosquera, and Carlo Costanzia em Toy Boy da Netflix. | Crédito: IMDb.

O assassino é revelado primeiro para o público. O interessante é que, apenas nesse final, podemos ver um ótimo personagem ser bem explorado (não darei spoiler de quem). Dando destaque a grande atuação de um ator que fica, durante todo o show, escondido atrás de outros personagens.

A revelação e o motivo de tudo ter acontecido, nos faz acreditar em um final feliz. Aí é que temos o grande plot da temporada que, confesso, não esperava. Me surpreendeu e me deixou curioso para saber o que vai vir na continuidade, se houver.

Para concluir, posso dizer que Toy Boy peca em vários aspectos, mas acerta em ouros. Os pontos aqui criticados, podem ser facilmente corrigidos em uma segunda temporada, assim espero. No mais, a trama cativa e os plots são, realmente, os pontos fortes da série. Mas acabam ficando de lado, se comparado aos erros cometidos na produção.

ASSISTIMOS! E AÍ? - TOY BOY

7.8

Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

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