Em um episódio realmente confuso, com o seu tema central voltado para o Sci-fi, “Lovecraft Country 1×07”, apesar de entregar um capítulo cheio de referências, simbolismo e homenagens as produções deste gênero das décadas de 80 e 90, deixa a desejar pela a sua falta de coesão narrativa.
Sem mais delongas, vamos ao nosso Review Lovecraft Country 1×07.
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ATENÇÃO!! POSSUI POSSÍVEIS SPOILERS DO EPISÓDIO!!
Intitulado de “I Am.“, o foco narrativo da história que está sendo contada, depois de abordar, no episódio anterior, eventos ocorridos no passado da vida de Atticus, volta ao presente e e foca em sua tia Hippolyta Freeman.
Dirigido por Charlotte Sieling e roteirizado pela dupla Misha Green e Shannon Houston, Lovecraft Country 1×07, em um primeiro momento, dá prosseguimento ao que vimos um pouco no quinto episódio. Quando Hippolyta começa a juntar as peças sobre os acontecimentos que levaram a misteriosa morte do seu amado marido George.
Neste episódio, após se deparar com um beco sem saída em sua investigação, Hippolyta descobre uma pista que pode a colocar mais perto da verdade sobre a morte do seu marido. Com isso, ela decide partir em uma viagem de carro pelo sul dos Estados Unidos, sozinha, visando encontrar as respostas que procura. No entanto, o que ela vai encontrar ao final desta jornada vai além dos seus sonhos mais loucos.
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Nesse meio tempo, Letitia e Atticus descobrem que a mãe do protagonista fugiu da mansão em chamas com o “Livro de Adão”. Eles então vão a casa de Montrose, para buscar mais informações sobre a família materna de Atticus. No entanto, eles acabam descobrindo a verdadeira sexualidade do pai. Deixando Tic deixa ainda mais revoltado com o seu genitor. Pois ele entende que todos os abusos físicos, que sofreu do pai quando pequeno, eram na verdade, uma válvula de escape do mesmo, para fugir da sua sexualidade.
No outro núcleo da série Ruby exige explicações de Christina. Contudo, a vilã abre o jogo sobre o seus sentimentos para com ela. Lhe contando toda a verdade envolvendo seus planos, o “Book Of Adam”, Letitia, Atticus e tudo o que está acontecendo. Nesse meio tempo, Leti descobre que está grávida.
Em suma estes são os principais acontecimentos de “Lovecraft Country 1×07”. Ou pelo menos, os mais relevantes da produção. Até a sua narrativa sofrer uma guinada completamente inesperada. Passando de um drama familiar para uma produção de ficção científica bastante intensa e por que não dizer, completamente crazy.
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A guinada no tom, adotado pelo episódio, ocorre quando Hippolyta, após decifrar as pistas deixadas pelo seu falecido marido, chega a um gigantesco planetário. Lá ela se depara com uma estranha maquina que esta conectada com um telescópio gigante. Após fazer os cálculos necessários, ela coloca a misteriosa maquina em funcionamento. Nesse meio tempo, avisado por Letitia, de que a sua tia corria risco de morte, Atticus parte para tentar ajuda-la, mas chega tarde de mais.
A maquina na verdade, acaba sendo um portal interdimensional, que acaba sugando-os por vários mundos alternativos. Separado de Tic, Hippolyta se depara com uma entidade cósmica que, por meio de múltiplas viagens pelo contínuo espaço-tempo, lhe ajuda a conhecer a sua própria identidade. Garantindo a Lovecraft Country 1×07, uma profusão de cenas confusas.
Além de fazer uma homenagem as produções de Sci-fi dos anos 80 e 90, é também algo bastante inovador e arriscado.
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Por fim, “Lovecraft Country 1×07” pode até não ser um dos melhores episódios da série até aqui, devido a quantidade de cenas sem nexo. Mas, no entanto, mesmo mediante deste emaranhado de ficção científica extravagante, a produção consegue manter o seu tom crítico quanto a assuntos polêmicos, mas corriqueiros, da nossa sociedade atual.
Além de entregar um episódio, visualmente, belo e interessante e com os melhores monólogos de toda a temporada. Fazendo uma grande e bonita homenagem as produções dos anos 80 e 90 deste gênero.