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Após uma pausa para reformulação do nosso site, os reviews de Riverdale estão de volta, sob nova direção e com uma visão, um tanto mais crítica, dos episódios. E se um review é pouco, dois são suficientes, o caixa de séries, nesse retorno traz um super compilado dos últimos três episódios da série teen mais amada, atualmente, no mundo das séries. Então, bora lá!

04×08 -Uma análise profunda e humanizada dos personagens

1 – PARA INÍCIO DE CONVERSA

Ao saber que teria que escrever sobre os episódios de Riverdale, me preparei mentalmente para criticar o show, que gradualmente vem perdendo sua essência, com todos os seus arcos bizarros e ausência de profundidade. No entanto, por ironia do destino, ou do chefão do “caixa”, o meu primeiro review será sobre o episódio 04×08.

O episódio em questão, justamente rompe com o ciclo de tramas rasas e forçadas, que vinham sendo apresentadas até então. Focado em apresentar, ao espectador, uma leitura um pouco mais profunda dos dilemas bizarros e inacreditáveis de seus personagens, o capítulo foi bem desenvolvido.

2 – OS DILEMAS SEPARADOS EM CASOS

Dividido em casos, analisados por uma psicóloga da escola, o episódio tocou fundo nas feridas de seus protagonistas.  Dessa forma foi clara a intenção de humaniza-los e aproxima-los do público. Apesar de ignorar personagens importantes para a trama, acredito que, o foco no quinteto central, não foi um erro.

Bastante interessante foi acompanhar cada um dos personagens relatar o que viveram nos últimos anos. A sequência de relatos bizarros e incríveis poderia ser cômica, se não fosse de encontro às ótimas atuações de seu elenco, que é um dos pontos, ainda positivos, do show. Betty, Archie, Cheryl, Verônica e Jughead (nessa ordem), acabaram percebendo soluções a seus dilemas.

3 – RESOLUÇÕES

A primeira delas, Betty, resolve seus conflitos com a super proteção da mãe, o que me agradou, já que fugimos um pouco dessa loucura de gene assassino, vale destacar a atuação das atrizes, que emocionaram. Archie, apresentou seu complexo de super-herói, me desculpem, mas eu tive que rir um pouco, mas assim como as outras narrativas, teve sua veia emocional.

Cheryl, que confessou conversar com o cadáver do irmão (trama mais surreal e bizarra), também foi levada a crer que, todas as esquisitices sobrenaturais de sua mansão, tinham dedo humano. Verônica, teve que trabalhar sua obsessiva relação com o pai e foi aconselhada a se afastar dele. Por fim, Jughead foi aconselhado a focar em seu talento para escrita e a valorizar os esforços de seu pai.

Após todas as “consultas”, tivemos perfis analisados psicologicamente dos personagens. Acredito que seja essa humanização e exploração do emocional, que falta para que, Riverdale volte a ser levada a sério, mesmo com seu estilo Scobby Doo. Afinal, já entendemos que o roteiro da série é extremamente inconstante e muitas vezes sem nexo algum, mas é possível continuar assim, sem comprometer a qualidade dramática.

04×09 – TANGERINA?

Após um bom episódio, que serviu de refúgio de seu roteiro bizarro, Riverdale retorna com força total ao seu padrão no episódio 04×09.

1 – O RETORNO DE DARK BETTY

Acredito que, você também, já tenha notado que, para provar a existência de uma versão dark da nossa Betty, a série já usou de arcos inacreditáveis. Já tivemos conexão com o pai serial killer, fazenda de malucos e muito mais. No episódio dessa semana, a criatividade dos produtores foi além. Uma espécie de hipnose por telefone parece despertar instintos assassinos nos personagens.

Juro que esse plot da hipnose me deu vergonha alheia, logo imaginei alguém sendo preso por assassinato e se justificando. “Eu recebi um telefonema, em que ouvi ‘tangerina três vezes’ e aí saí matando geral”. Não dá! É surreal. Bizarrices a parte, Betty, com ajuda de seu irmão maligno, descobre que essa hipnose é coisa da fazenda maluca, que deixou falhas na mente de sua família.

Aproveitando-se da influência hipnótica, a loira decidi usar o truque a seu favor, e consegue revisitar seu primeiro ato sombrio, a morte da gatinha caramelo. Impedindo seu eu do passado de assassinar o animal, a Betty presente acredita ter se livrado de lado sombrio. No entanto a partir de flash do futuro, já vimos que a dark Betty aprontará novamente e sua vítima será seu grande amor, Jug, mas isso é papo futuro.

2 – O INCANSÁVEL DILEMA DE ARCHIE

Assim como Betty luta contra seu lado sombrio, Archie trava uma verdadeira batalha contra seus extintos violentos. Dividido entre ser um bom moço e o preço de ser um justiceiro, mais uma vez, o nosso herói tenta “limpar” Riverdale. Nessa tentativa, ele recebe apoio de FP, que semelhante ao ruivo, tem uma queda por fazer justiça com as próprias mãos.

Com sequências cansativas e repetitivas de muita pancadaria, vemos a dupla surrar bandidos, porém em sequência, a retaliação vem, e o xerife acaba baleado e internado no hospital. Dessa forma, fica a cargo de Archie, o dever de proteger Riverdale do mal, por isso mesmo, mais pancadaria acontece, dessa vez com plateia formada pelas crianças que o ruivo ajuda.

Archie, então, continua em seu dilema eterno de salvar Riverdale do mal, trocando apenas seus oponentes. O complexo de heroísmo, analisado no episódio anterior, volta mais forte que nunca e se contrapõe a noção de “não a violência”, contribuindo para o dilema do personagem, que é praticamente o mesmo, desde o início. Para provar isso, basta perceber que, mais da metade dos episódios Archie está de olho roxo.

3 – A INTERMINÁVEL BRIGA DOS LODGES

Nesse episódio, também acompanhamos outro problema sem fim, o embate entre Verônica e seu pai. Confesso que esse tem sido o arco mais chato da série. Dessa vez Verônica tenta conseguir vaga em uma boa universidade, por mérito próprio, porém o que vemos é Hiram tentando provar que a filha só conseguirá com sua ajuda.

Essa relação, que já foi classificada pela psicóloga do episódio anterior, como doentia, é mais um exemplo de plot desgastado e repetitivo da série. Em mais um embate, vemos pai e filha armarem diversas situações, com intenção de auto afirmarem. Ao fim do episódio, Verônica consegue uma vaga universitária, após  um show aleatório, vaga essa não ofertada por Harvard (seu grande sonho), mas conseguida por empenho próprio.

4 – JUG E A POSSÍVEL SOLUÇÃO DO MISTÉRIO

Em relação ao nosso herói do gorro, vimos que ele conseguiu o contrato pra escrever a sequência da saga dos irmã Dexter. No entanto, antes de aceitar a oferta, ele decide procurar o avô (que eu jurava que estava morto), para esclarecer toda a história do roubo.

O simpático senhor esclareceu que a franquia não foi roubada, mas sim vendida. Tá! Essa pode ser uma explicação lógica, mas que deixa Jug na condição de paranoico, depois de tudo que vimos. Mais alguém aí tem certeza que essa não é a história completa?

5 – O JULGAMENTO BLOSSOM

Se você considera o arco de Betty insano, nem sei o que irá falar sobre as bizarrices que acontecem na mansão Blossom. Dessa vez, estimulada pelos conselhos que recebeu no episódio anterior, Cheryl arma uma emboscada para flagrar a pessoa, que estava tramando contra ela.

É nesse ponto que, ressuscitamos uma das personagens chave da temporada anterior. Penélope Blossom, que havia sumido desde a Season finale passada, após ser descoberta como o rosto por trás daquela vergonha que foi a história do rei Gárgula. A personagem retorna como se nada tivesse acontecido, alegando ter ciúmes da relação de Cheryl com o cadáver do filho (gente do céu, o povo dessa família é doente).

A partir daí, a jovem ruiva convoca uma espécie de julgamento, em que ela própria é a juíza. Após apontados os crimes, Penélope é condenada a viver presa em um porão (É cada uma viu!?). Em sequência, Cheryl decide deixar o corpo de seu gêmeo finalmente descansar longe de toda a sua insanidade, encerrando o episódio.

04×10 – O GRANDE JOGO

Trazendo um pouco mais de normalidade, como premissa inicial, o décimo episódio tem como mote central, um importante jogo de futebol. Nesse embate, os Bull Dog enfrentaram um time de elite, que coincidentemente, pertence à escola em que Jughead estuda. Algo de interessante e notável é o fato, de que, esse evento acaba por unir os cinco protagonistas, diferente dos episódios anteriores, que cada um vivenciava conflitos distantes.

1 – TRAMAS DESENVOLVIDAS

Para Archie, o jogo representava a esperança de vencer o último jogo do ensino médio, e acima de tudo, ver seu amigo Monroe conseguir uma bolsa por conta de seu desempenho esportivo. Tal conflito, levou nosso ruivo a questionar a honestidade de seu tio, de quem descobriu segredos, e presenciou atitudes suspeitas. Uma dessas atitudes, foi o fato de oferecer medicamentos ilegais a Monroe, que havia sido machucado propositalmente pelo time adversário, ainda fora do jogo.

Sobre esse lesão do craque, Betty constrói sua trama nesse episódio. Após ser solicitada para escrever sobre o time de sua escola, a nossa detetive favorita, decide escrever sobre a cultura de agressão praticada pelo time adversário. O time por um acaso é liderado por Bret, inimigo de Jug, e agora de Betty.

O fato é que a moça até se esforçou, mas não conseguiu provar o jogo sujo, nem mesmo um clássico plano B e V, foi o suficiente. Justamente quando a moça solicita a ajuda de Verônica, é que descobre que seu namorado agora faz parte da sociedade sombria de Bret. No fim de seu arco nesse episódio, Betty acaba derrotada, mas jura vingança a Bret, porém o que vemos em mais um flashworld é uma proximidade estranha entre os rivais. Xiii o que será que vai rolar?

Já Verônica, que teve menos destaque no episódio, continuou sua guerra familiar. Rivalizando com seu pai, pelo domínio do sabor de uma bebida da família, a morena acaba tendo outra ideia. Ao provar uma iguaria da família Blossom, ela decide unir sua bebida ao sabor extra dos Blossom, o que pode nos render uma deliciosa aliança entre Verônica e Cheryl.

2 – LOUCURA BLOSSOM  PARA FINALIZAR

Sobre a ruiva, também só acompanhamos mais birra. Dessa vez, a jovem Blossom compra briga com a nova treinadora de seu grupo de líderes de torcida. Não aceitando ser comandada, Cheryl arma poucas e boas para a treinadora, que acaba perdendo a apresentação e o controle da situação. Como sempre a nossa bitch mais amada saí por cima, conseguindo o que deseja.

Ufa! Quanto acontecimento, hein!? Espero que tenham curtido nosso retorno. Obrigado a você que, insistentemente, leu até aqui, mesmo com a notável queda de qualidade no decorrer dos parágrafos. Logo retornamos atualizados, comentando religiosamente cada episódio semanal. Até mais!

 

 

RIVERDALE 04x08, 09 e 10

8.8

Wes Santos
Graduando em Letras Português pela UESPI, nordestino, piauiense, músico, escritor, apaixonado por seriados de TV, inclusive Youtuber de séries (SERIANDO COM WES). Sou extremamente tímido e reservado, beirando a chatice. Todo mundo deve ter um top 5, o meu: 1. Friends, 2. The Vampire Diares, 3. Greys Anatomy, 4. The O.C e 5. Elite.

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