A nova série de suspense e ficção científica japonesa original da Netflix, Alice In Borderland, adapta para TV o famoso mangá de mesmo nome. A produção que é dirigida por Shinsuke Sato, chegou ao catálogo da gigante de Streaming na última quinta (10).
Por conseguinte, a sua trama mistura ação, aventura, ficção científica e suspense ao acompanhar a história de um grupo de jovens delinquentes entediados. Eles são misteriosamente transportados para um mundo onde a grande maioria da população da cidade de Tóquio desapareceu sem deixar vestígios. Então, eles são obrigados a participarem de jogos mortais em troca da sua própria sobrevivência.
Portanto, sem mais delongas vamos a crítica Alice In Borderland.
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A TRAMA DO SHOW
A trama do show é no mínimo envolvente. Afinal, ela consegue misturar elementos de ação e fantasia, além de alguns da cultura japonesa e do anime ao qual se baseia.
Contudo, “Alice In Borderland” não é uma produção que vai cair no gosto de todos os assinantes da Netflix, em minha opinião. Isto pois, entendo que ela, além de ter sido feita com o intuito de agradar os fãs da obra original, também possui elementos típicos da cultura e tradições japonesas as quais faz batente referências ao longo de seus episódios.
De modo que, se o telespectador não tiver ao menos o básico de conhecimento sobre animes e principalmente sobre a cultura japonesa em geral, ficará meio perdido com a trama do show.
REFERÊNCIAS
Contudo, vale ressaltar algumas referências que a produção faz. Entretanto, tais referências não ficam restritas apenas a cultura japonesa, mas assim como também a cultura pop em geral. Fazendo referência a produções cinematográficas de peso, como: “Jogos Mortais” e “Scape Room”.
Entretanto, o seriado também adaptou elementos muitos comuns nos mangás japoneses, sendo por tanto, em minha opinião, muito leal a obra original.
Contudo, vale ressaltar que a produção também faz referência a contos infanto-juvenis. Como por exemplo, o clássico: “Alice No País das Maravilhas”.
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No entanto, tais referências a obra de Lewis Carroll vão além do obvio que é o seu titulo. Na produção da Netflix, tais referências à “Alice No País das Maravilhas” podem ser vistas quase que a todo momento. Elas estão presentes em personagens como o Chapeleiro. Ou até mesmo, nas cartas de baralho que os participantes dos jogos devem colecionar.
ELENCO E ATUAÇÕES
O seriado foi composto em sua grande maioria por um elenco de peso. Recheado de nomes em ascensão na indústria do entretenimento japonês, a produção traz alguns nomes conhecidos do público. Tais como: Asahina Aya, Dôri Sakurada, Keita Machida, entre outros.
Por conseguinte, as atuações na produção em sua grande maioria são no mínimo convincentes. Com destaque para os personagens Yuzuha Usagi e Kuzuryu.
Eles são, coincidentemente ou não, os personagens centrais da trama do show. Além disso, são de longe os personagens mais interessantes da produção. Isto pois, eles contribuem quase que em sua totalidade para com a dramaticidade da trama.
RELEVÂNCIA SOCIAL
Contudo, ainda há de se ressaltar que em meio a este universo geek e de animes, a série da Netflix ainda conseguiu arranjar espaço dentro da sua narrativa para abordar assuntos de relevância social. Tais como, preconceito e homofobia.
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Desta forma, isto fez com que a produção passasse a ter uma certa relevância social. Principalmente no Japão onde as tradições milenares são tão enraizadas em sua cultura e onde o homossexualismo ainda é um tabu.
CONCLUSÃO
Portanto, apesar de eu ter gostado da série acredito que ela não vá cair nas graças de todos os públicos e será mais uma daquelas boas séries da plataforma digital que ninguém conhece.
Isto pois, em minha visão para se ter uma melhor compreensão da série, é necessário saber um pouco sobre o seu mecanismo. Em outras palavras, se faz necessário ao menos um conhecimento básico sobre animes, cultura pop e japonesa.
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Todavia, isso se faz necessário devido aos inúmeros simbolismos que a produção faz destes elementos. Que além de serem fundamentais para a compreensão de sua história, também servem como uma grande homenagem as obras originais as quais se inspira.
Desta forma, em suma, entende-se que embora seja uma boa produção, “Alice In Borderland” não parece ser uma das obras da Netflix que irá cair nas graças do público. No entanto, quanto a isto somente o tempo irá dizer.