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A série “Desalma” do Globoplay estreou neste último dia 22, como a aposta do ano no streaming do grupo globo. A série surge com a promessa de revolucionar as produções do streaming. Por isso, nós assistimos e vamos te contar o que achamos.

A produção investe em sua fotografia, com paisagem belíssimas do Sul do Brasil, com ambientações que não são comuns e pouco vistas em produções nacionais.

Além disso, Desalma flerta com o sobrenatural e o suspense, enquanto transita em duas linhas temporais, 1988 e 2018.

Cássia Kiss em foto promocional da série “Desalma”. Cédito | GLOBOPLAY

Em 1988, o desaparecimento de uma jovem choca a população de Brígida e a tradicional festa de Ivana Kupala é banida do calendário. Trinta anos depois, a cidade se prepara para trazer a celebração de volta, mas eventos enigmáticos passam a acontecer.

Com uma produção sofisticada, Desalma erra em seu ritmo narrativo, trazendo uma história lenta e que demora muito para chegar ao seu ponto principal. Além disso, a quantidade de episódios pode ser um dos fatores para esse ritmo tão devagar, desmotivador e cansativo.

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A série poderia se desenvolver com muito menos episódio. Com isso, ganharia fluidez e agilidade, tirando os excessos que não muito agregam a série.

O grande número de personagens tanto no passado, quanto no presente, também coopera para esse ritmo lento.

A produção traz rostos desconhecido do grande público, o que é um grande ponto positivo. Portanto, é possível mergulhar em uma produção diferente e não associar a uma novela com atores globais, mesmo que tenhamos três rostos bem conhecidos.

O texto da série precisa ser um pouco mais atual no sentido de escrever de forma mais casual e natural. Em certos momentos, senti falta de naturalidade com que os atores falam seus textos, e é algo perceptível, e faz com que não nos conectemos com a história.

Série Desalma do Globo Play

Cena do seriado “Desalma”. Crédito | Globo Play

Essa crítica sobre a naturalidade não cabe apenas a atores novos, mas sim a atores já com carreiras longas que abriam a boca e você via que estavam atuando, e não sendo aquelas pessoas.

A dicção dos atores está muito ruim, em muitos momentos quase não se consegue entender o que estão falando. Além disso, parecem cochichar na maior parte do tempo comprometendo a compreensão.

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Os eventos que ocorrem em 1988 são interessantes, apesar de sofrer com alguns dos problemas citados acima. Além disso, todo o momento do assassinato é uma boa sequência, tendo dois plots bastante interessantes e surpreendentes.

Como já dito, a série demora muito para chegar onde quer, e isso poderia ser resumido. Porém, mesmo tendo dez episódios para falar da migração de almas, muita coisa ainda fica sem explicação.

Enfim, a série Desalma do Globoplay tem potencial para se firmar como uma grande produção do streaming, No entanto, precisa trazer fluidez para suas tramas e explicar mais sobre o que mostra em tela.

ASSISTIMOS! E AÍ?: DESALMA

7.8

Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

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