Por Com um histórico nada favorável, em suas adaptações, onde deixaram a desejar como “Cowboy Bebop” e “Death Note”, a Netflix conseguiu entregar uma produção que honra o anime One Piece. Ao seguir o script da obra original, entrega uma excelente série, que emociona, diverte e que ao fim deixa um gostinho de quero mais.
A série animada, que também está disponível na Netflix, possui mil episódios, material de sobra para futuras temporadas. Acompanhei alguns episódios, não finalizei, mas o pouco que vi, achei que a adaptação não deixou a desejar e soube se encaixar da melhor forma possível.
OS ACERTOS
Os episódios de One Piece são vibrantes e com efeitos visuais muito bons, algo que soma positivamente, além de uma história coesa e bem estruturada.
A série tinha uma questão muito forte, algo que era temido por todos quando foi anunciada. Como a Netflix adaptaria aquele universo, que é bem peculiar e que para um desenho cabe muito bem, mas que para um live-action, caso não bem trabalhado, poderia ser um tiro no pé?
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Contudo, sem sombra de dúvidas, a Netflix fez o dever de casa. Ela sabia da responsabilidade que tinha em mãos, ao se propor fazer uma série de um dos mais famosos animes do mundo. Portanto, posso dizer que a produção artística, cenográfica e de efeitos especiais, foram muito bem orientadas e construíram um universo estruturado, cheio de detalhes, além de uma caracterização muito fidedigna dos personagens que, casados com os atores, ficou perfeito.
One Piece, é uma série de fantasia, sobre piratas e um mundo muito único, com personagens diversos e cheios de camadas. A Netflix soube trabalhar esses recursos e entregou personagens com embasamento e backgrounds profundos. Isso foi fundamenta para que a gente embarcasse em suas motivações e criar conexões verdadeiras com o público.
PERSONAGENS
A construção dos personagens é um dos pontos altos da série, pois, produções como essas costumam trazer desenvolvimentos rasos, na tentativa de entregar momentos que possivelmente possam viralizar e esquecem do conteúdo. Contudo, em One Piece, existe um equilíbrio muito bom.
O quinteto que forma a tripulação do nosso Luffy é o suco do carisma, onde nenhum personagem é chato e esquecível, além de trazer uma química muito boa.
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Luffy não poderia ser interpretado por outra pessoa a não ser por Iñaki Godoy. O ator captou a essência do personagem e fez com maestria. A inocência, a molecagem e as pitadas de sarcasmos estão ali presentes e Iñaki consegue demonstrar tudo isso com apenas um olhar e um sorriso.
O elenco em si, parece ter sido escolhido a dedo, pois todos couberam bem em seus personagens.
Nami, que é interpretada pela atriz Emily Rudd, é um primor, a atriz é muito boa. Dito isso, posso garantir que um dos momentos mais emocionantes da série é com ela.
Mackenyu Arata como Zoro está perfeito. O ator imprime, brilhantemente, aquela casca bad solitária do personagem com maestria, além de trazer um charme asiático.
Jacob Gibson, que é o Usopp, também está muito bem. Vi algumas pessoas reclamando sobre o arco dele na série, pois a abordagem foi um pouco diferente do anime. Porém, achei apenas um detalhe que não interfere no desenvolvimento do personagem.
VILÕES
Os vilões são muito bons, sério mesmo. Desde a caracterização até os seus desenvolvimentos. Não são vilões episódicos, que acho algo positivo. Com isso, não perdemos, de cara, bons personagens.
Não sei vocês, mas o Dracule Mihawk (Steven Ward), assim que apareceu em cena, me veio a mente o “Zelão”, personagem da novela “Meu Pedacinho de Chão”. Contudo, a cena dele na batalha é uma das minhas cenas favoritas. Achei muito bonita, esteticamente falando.
Uma curiosidade muito legal sobre o personagem Coby. O ator Morgan Davies, intérprete, é um homem trans.
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A dublagem da série está muito boa, quem curte assistir dublado, não vai se decepcionar. Vi alguns episódios em português e gostei bastante.
Em suma, One Piece é uma das melhores adaptações da Netflix, e sem dúvidas é uma ótima pedida para sua maratona. Uma série que fala sobre sonhos, amizade e a importância de termos apoios em nossos sonhos, mesmo que eles pareçam impossíveis.
