Produzido pela A+E Studios e pela Compari Entertainment, Project Blue Book (Projeto Livro Azul) é inspirado nas experiências pessoais do Dr. J. Allen Hynek (Aidan Gillen), um brilhante professor universitário recrutado pela Força Aérea dos EUA para liderar essa operação clandestina – Project Blue Book – que pesquisou milhares de casos, dos quais mais de 700 permanecem sem solução até hoje.
A segunda temporada de 10 episódios leva o Dr. Hynek e o capitão Michael Quinn (Michael Malarkey) em uma perigosa busca pela verdade e aprofunda os temas da conspiração global, abordando como os OVNIs impactaram a evolução das práticas e tecnologia militar dos Estados Unidos.
No entanto, o segundo ano da produção foge um pouco da premissa da primeira temporada, se aproximando mais da ficção e andando de mãos dadas com com a clássica série “Arquivo X“.
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A segunda temporada começou com um mergulho profundo em dois dos casos de OVNIs mais conhecidos da história dos EUA: Roswell, Novo México, onde um fazendeiro alegou ter encontrado destroços misteriosos em sua propriedade e que se acredita ser um de um Disco Voador; e a Área 51 um local administrado pelo governo em Nevada como um ímã para eventos paranormais e atividades relacionadas a OVNIs.
A produção é fortemente influenciada por “Arquivo X” em sua estrutura, tom e distribuição geral. Entretanto, se mantém por si só, o suficiente para sustentar sua própria identidade. As atuações são impecáveis, especialmente dos protagonistas Aidan Gillen e Michael Malarkey. Você realmente fica apaixonado pelo fascinante e brilhante Dr. Hynek e, com certeza, vai querer o capitão Quinn como seu melhor amigo.
Não posso mentir, comecei a assistir Projeto Livro Azul por causa do elenco e não por qualquer amor particular por OVNIs (por mais que eu nutra uma paixão secreta pelo assunto). Mas agora, depois de assistir as duas temporadas, fiquei extremamente investido na história do programa e pela qualidade do roteiro.
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A produção é excelente! Com um excelente trabalho de câmera, vastas configurações e ambiente e atmosfera precisas para se adequar ao período dos anos 50 a 60. Uma série definitivamente mais digna do seu tempo do que a maioria das séries de TV.
A escrita do programa é incrivelmente subversiva, tocando frequentemente em convenções de gênero, tocando nelas e virando-as de cabeça para baixo, quando necessário. Embora certamente não haja falta de avistamentos extravagantes de OVNIs e vislumbres sombrios de alienígenas e “Man in Black”, o programa sempre tem um pé plantado firmemente na realidade histórica.
Fica claro que os escritores fizeram pesquisas diligentes e se apegaram muito aos fatos pretendidos. Os fãs de ufologia e paranormal estão em êxtase com as representações de casos famosos como The Flatwoods Monster e o incidente de Hopkinsville Goblin.
Mas tão empolgantes quanto os pontos factuais da trama são os fictícios, e Project Blue Book apresenta uma visão única da tradição clássica da conspiração ufológica. Talvez o meu elemento favorito do programa seja a técnica de nunca revelar a verdade por trás de cada caso. Você sempre fica se perguntando se a testemunha OVNI estava dizendo a verdade ou não.
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Em suma, a série é tecnicamente competente do ponto de vista cinematográfico. A cinematografia é sempre impressionante, e o som, a iluminação e a edição se misturam perfeitamente à narrativa.
!!alerta de spoiler!!
Pretendia fazer essa analise sem soltar nenhum spoiler. Entretanto, não poderia expor um importante fato sem esse pequeno deslize.
No final da segunda temporada, Quinn está desaparecido e considerado morto por todos, exceto por Hynek, que embarca em uma missão na Antártica para encontrá-lo. O Projeto Blue Book é encerrado.
O show termina com um suporte de penhasco insuportável, que fará qualquer um desejar por mais. A pergunta que que fica em aberto é: O capitão Quinn encontrou extraterrestres no fundo do mar, ou o continente perdido de Atlântida, ou ambos?
Pode ser que essa resposta nunca venha a ser respondia. Infelizmente, o canal History cancelou o programa logo após o final da temporada 2, alegando estar em busca apenas de minisséries.
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De acordo com os produtores executivos David O´Leary (criador) e Sean Jablonski (showrunner), bem como o ator Michael Malarkey, que interpreta o Capitão Michael Quinn, a terceira temporada está pronto para começar!
Precisamos de todos os fãs e futuros fãs por aí para fazer uma declaração clara e ter a série escolhida por outro estúdio ou canal para permitir que as investigações continuem!
Entretanto, uma petição, para que outro estúdio ou canal possa resgatar a série, foi criada. Fãs, produtores e elenco lançaram a #SAVEBLUEBOOK, pedindo o resgate do show. Você pode assinar e ajudar a produção de Projeto Livro Azul, para que ela possa ter uma terceira temporada, clicando aqui.