A mais nova série animada da Netflix, Resident Evil: Infinity Darkness, chegou ao catálogo da plataforma digital rodeada de grande expectativa por parte dos fãs. Mas, será que elas foram atendidas?
Muito embora, a intenção da série fosse a de reinventar a famosa franquia de games no âmbito do audiovisual, ela, mais parece um story mode do um game do que qualquer outra coisa.
TRAMA SUPERFICIAL E FRACA

Pôster da série animada da Netflix: “Resident Evil – Infinity Darkness” | Netflix
Em “Resident Evil: Infinty Darkness”, após um ataque zumbi na Casa Branca, Leon S. Kennedy e Claire Redfield começam a investigar o caso. Enquanto Leon teme que o mesmo que ocorreu em Raccon City possa estar acontecendo de novo. Claire, por sua vez, pretende descobrir o que esse novo ataque de zumbis tem haver com a guerra no Afeganistão.
Os dois então embarcam (cada um a sua maneira) em uma aventura para descobrir o que estes atos isolados tem em comum. Contudo, eles acabam se vendo em meio de uma jogada política que tem como principal objetivo causar uma guerra nuclear entre Estados Unidos e China.
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Apesar do seu enredo ser interessante, a execução da narrativa da série está longe de ser boa. Isto pois, ela é por muitas vezes, confusa. Isto se dá, na minha visão, muito devido ao curto tempo de duração da animação.
Ao todo, a primeira temporada de Resident Evil, tem apenas quatro episódios de cerca de 20 minutos de duração. Nela, acabam sendo introduzidos diversos elementos da história que ficam sem explicação (muito devido a falta de tempo para isso). Mas, nem tudo são trevas na série animada da Netflix.
VISUAL QUE REMETE AOS JOGOS

Cena da primeira temporada da série animada da Netflix: “Resident Evil – Infinity Darkness” | Netflix
Por conseguinte, este é um ponto da produção que vem dividindo a opinião dos fãs. É visível que o seu visual remete a franquia de games, mais parecendo um story mode de um dos games da franquia do que uma animação.
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Contudo, vale ressaltar que este estilo de animação não é algo exclusivo do Resident Evil. Outras franquias de games, também já se utilizaram dela, como é o caso, por exemplo, de Final Fantasy.
CRITÍCA SOCIAL

Leon em cena da animação da Netflix: “Resident Evil” | Netflix
Outro ponto que merece destaque em “Resident Evil – Infinity Darkness” é a sua crítica social. Entre matar zumbis e salvar o mundo de uma conspiração que pode causar uma guerra nuclear, ainda há tempo para se fazer uma crítica social contra o poder bélico norte-americano e o descaso do governo para com os seus ex-soldados.
Este talvez seja precisamente o ponto que salve a produção do ostracismo e consequentemente do completo fracasso.
CONCLUSÃO
Em suma, a animação, muito embora tenha pontos interessantes, serve mais como um story mode do game, do que uma série de tv. Com uma trama fraca e cheia de furos, a produção ainda precisa “comer muito feijão com arroz”, para ser aquilo que os fãs desejam e que a franquia tanto merece.