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A terceira e última temporada de “Ragnarok” já está disponível na Netflix e, tenho que dizer: não é uma boa pedida para sua maratona.

A produção norueguesa da gigante já estreou toda errada, com problemas sérios em sua narrativa e a falta de carisma do seu elenco. Com uma história sem nexo e fugindo totalmente de seu propósito, Ragnarok não soube se limpar e finda sua existência como a série mais anticlímax da história das séries.

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Com longos seis episódios, a produção, sem rumo em sua narrativa, resolve transformar o protagonista em um babaca, escroto. Aos 45 do segundo tempo, eles mudam, totalmente, na esperança de conseguir alguma expressividade para o personagem central. No entanto, falham miseravelmente.

CUIDADO COM O MARTELO DO THOR
Crítica Ragnarok 3: Série não consegue se encontrar e fecha o ciclo com a sensação de “não fará falta”

Sem noção nenhuma de estruturação narrativa, e totalmente sem rumo para com seus personagens, a série tenta transformar o Magne (David Stakston) em um “vilão”, que passa 90% da série ameaçando os outros com um martelo, (gluglu, nhenhe, vou te matar com meu martelo dos deuses se você não pedir desculpas…) Sério, uma piada!

Um dos piores personagens da série é a Turid (Henriette Steenstrup), que parece viver no mundo da lua. Não sei se foi proposital, mas ela só serve para isso. Contudo, do nada ela arranja um marido, se casa, some metade da série e é apenas isso.

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Uma prova de sua falta de noção é quando Laurits (Jonas Strand Gravli), seu filho, em uma cena diz para ela e Magne, que vai embora de casa, o menino se pica e na cena seguinte ela pergunta para Magne onde o cara está. Oi? Minha senhora, não leu o roteiro não??? Coitada da atriz.

OLHA A COBRAAA…. É MENTIRAAAAA!!!
Crítica Ragnarok 3: Série não consegue se encontrar e fecha o ciclo com a sensação de “não fará falta”

Como disse no início que Ragnarok é uma série anticlímax, vou trazer mais um fato para comprovar minha tese. A produção me inventa de gastar com o CGI de uma cobra gigante, e não me usa para nada, NADA. Netflix, minha filha, está com os bolsos cheio e não sabe como gastar o dinheiro? Olha para o lado e vê quantas séries boas você cancelou e investe nelas, pelo amor.

Me passam a série toda no mistério da cobra, o Laurits alimentando o bicho, ela comendo pessoas, e no fim, a coitada só aparece com figuração, e é mandada ir embora para o mar, para poder ter mais espaço.

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Até hoje me pergunto, como foi que deram sinal verde para produzir três, TRÊS, temporadas dessa série?

Seguindo com as aleatoriedades da série, do nada, um figurante recebe uma flechada, vai para o hospital, começa a ter um enredo e você fica… WTF? (Juro que pensei que era uma deixa para um spin-off). No entanto, como tudo nessa série não serve para nada, ele será apenas um recurso de roteiro para um dos momentos mais patéticos da série (Já, já voltamos com ele).

AMIGA, CE TÁ BEM?
Crítica Ragnarok 3: Série não consegue se encontrar e fecha o ciclo com a sensação de “não fará falta”

Achando que estava abafando com seu roteiro digno de Emmy, os diretores resolve acalentar os telespectadores, que estão esperando a bendita luta final a 84 anos com um devaneio do nosso Magne. É isso mesmo que você leu, um devaneio. Vamos à cena:

AVISO QUE OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS CONTÉM SPOILER

Magne está arrumando o seu quarto e no meio da arrumação, encontra algumas HQs de Thor. Com isso, pulamos para a festa de formatura, onde ele vê o figurante que tomou a flechada, no pátio da escola, tomando aula com um dos deuses. Aí ele começa a devanear a grande batalha. A princípio eu pensei que realmente aquilo estava acontecendo. No entanto, percebemos que isso tudo é apenas a imaginação fértil do menino Thor. Então ele vai olhando para cada personagem e dando o fim, como se houvesse acontecido de fato a luta dos deuses e dos gigantes. A gente fica: Oi???

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Em suma, Ragnarok da Netflix é uma série esquecível, que não se justifica em momento nenhum e deixa uma dúvida enorme sobre os critérios de aprovação para uma série da Netflix, pois, produções muito melhores foram canceladas, sem ao menos uma conclusão. 

Ragnarok é uma produção de orçamento grande, mas não soube aproveitar o que tinha em mãos e errou do início ao fim. Portanto, não perca seu tempo assistindo essa série. 

ASSISTIMOS! E AÍ? - RAGNAROK 3

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Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

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