Por A primeira temporada da mais nova série de terror psicológico da Netflix, “Ratched”, chegou com tudo ao catálogo da gigante de Streaming. Contudo, rapidamente dividiu opiniões tanto do público, quanto da crítica especializada.
Entretanto, essa divisão na internet foi boa para a Netflix. Já há alguns dias em exibição, a primeira temporada da produção se mantém desde a sua estreia no “TOP 10” do streaming.
Portanto, sem mais delongas, vamos a nossa Crítica | Ratched.
Crítica Ratched: Terror psicológico divide opiniões. | Crédito: Netflix.
ATENÇÃO!! POSSUÍ POSSÍVEIS SPOILERS DA SÉRIE!!
Como mencionamos acima, a produção é protagonizada pela atriz Sarah Paulson,. Ela ficou muito conhecida, pelos fãs de terror, por ter estrelado praticamente quase todas as temporadas, da icônica e atemporal, “American Horror Story“.
Ratched, para quem não sabe, é na verdade um prequel do clássico filme, “Um Estranho No Ninho“. A série conta a história da enfermeira Mildred Ratched (Sarah Paulson), antes dos eventos ocorridos na obra original.
No longa, adaptado do romance de Ken Kesey, vemos Ratched já como a enfermeira chefe da clínica psiquiatra do norte da Califórnia, o Lucia State Hospital. Contudo, com os seus métodos nada ortodoxos, ela realiza experiências terríveis com a mente humana. Supostamente, em busca de tratar os seus pacientes, comete assassinatos brutais.
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Já, por sua vez, na série da Netflix, vemos Ratched alguns anos antes de se tornar a sádica enfermeira chefe. A produção introduz a enfermeira ao ambiente, nos mostrando sua chegada a Califórnia para trabalhar na renomada clinica.
Mildred aparentemente é a profissional perfeita. E por meio de estratégias ardilosas, rapidamente consegue um cargo de destaque dentro da instituição. No entanto, seus objetivos na clinica não são tão nobres quanto aparentam ser. E está é, por seu turno, a premissa da produção.
A série retrata temas muito interessantes e bastante atuais. Ambientada na década de 40, “Ratched”, aborda a saúde mental em todas as suas nuances. Além disso, a produção, toca em um tema um tanto quanto sensível e polêmico, a homossexualidade naquela época. Em 1947 é considerado uma doença psicológica, cujo o tratamento requer que o “paciente” passe por atos extremamente cruéis e desumanos para encontrar a “cura”.
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Além de abordar tais assuntos como forma de crítica social, também nos mostra a psique humana de uma forma, acredito eu, nunca antes vista. Ao mesmo tempo em que nos intriga e nos causa uma certa repulsa.
A produção, também traz, nas estrelinhas, em sua narrativa o questionamento: “Até onde você iria para salvar a vida de alguém que ama, mesmo sabendo que está pessoa não é lá uma flor que se cheire?”
“Ratched”, entregua boas atuações, principalmente de sua protagonista, Sarah Paulson, que na minha opinião está perfeita como Mildred Ratched. Portanto, o show de Ryan Murphy apresenta uma trama sombria, intensa e as vezes desconfortável de se assistir. Ele nos mostra as nuances de uma mente humana traumatizada.
No entanto, durante a sua primeira temporada, ocorrem poucas, mas significativas falhas em sua construção narrativa. Transformando o terror psicológico em uma produção mais voltada para o Slasher.
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Em suma, “Ratched”, ainda está longe de ser uma obra prima ou uma das melhores séries de 2020. Entretanto, entrega uma primeira temporada razoavelmente boa, com personagens fortes, reviravoltas inesperadas e criticas sociais. Além de assuntos polêmicos, que infelizmente até hoje são discutidos na nossa sociedade moderna.
Vale apena dar uma conferida, mas sem altas expectativas.
