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Os dramas adolescentes estavam vivendo uma reciclagem das mesmas histórias, sempre pautadas nos relacionamentos hétero e com temas batidos e previsíveis. No entanto, a produção sueca Young Royals, chegou subvertendo as narrativas e mostrando que dramas LGBTQIA+ também são interessantes e que podem ser consumidas pela grande massa.

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Partindo desse princípio, já posso dizer que sim, a segunda temporada de Young Royals é muito boa e muito envolvente. Ela nos apresenta dramas mais acentuados e conflitos com ótimos desdobramentos. Entretanto, alguns pontos da temporada se sobressaem e se destacam. Eu trago todos esses pontos nesse texto.

A TRAMA
Edvin Ryding em imagem da 2ª temporada de YR. | Crédito: Johan Paulin / Netflix.

A trama de Young Royals traz muito a discussão sobre visão de mundo dos personagens e como a nossa autocrítica é fundamental para que possamos enxergar além do que queremos ver. YR em seu segundo ano, consegue manter a sua essência e muitas vezes consegue trazer a pureza de seus personagens, onde facilmente conseguem se conectar com quem está assistindo e “comprando” suas dores. 

Um ponto positivo para Young Royals é o elenco ser realmente adolescentes, com rosto cheio de espinhas, pele oleosa, onde nos fazem acreditar que aquelas pessoas poderiam de fato estudarem naquela escola, algo que a maioria das séries adolescentes da Netflix não fazem. Geralmente são pessoas mais velhas, interpretando adolescentes. 

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A segunda temporada foi favorável para o Príncipe Wilhelm (Edvin Ryding), seu enredo foi mais conflituoso, mais dramático no sentido narrativo, possuía mais dilemas e com propósitos mais concretos que os de Simon (Omar Rudberg). Simon, muitas vezes, parecia uma criança mimada que ao ser contrariado fazia birrinhas, nunca estava disposto a se pôr no lugar do outro. 

Simon, apesar de ter uma causa legítima e real, a forma como ele agia a tornava “fútil” diante das atribuições que Wilhelm estava passando.

PERSONAGENS
Tommy Wättring e Omar Rudberg em imagem especial da 2ª temporada de YR. | Crédito: Johan Paulin / Netflix.

Um dos grandes acertos no elenco, foi a adição de Tommy Wättring, no papel de Marcus. O ator aparece pouco na série, mas consegue marcar, com um personagem educado, amoroso e que está pronto para qualquer situação, além de ser um ótimo namorado para  Simon. Espero vê-lo na terceira temporada, com mais destaque e com um relacionamento que o valorize.

Um personagem que desde a primeira temporada era uma interrogação para mim, é a irmã de Simon, Sara (Frida Argento). Sua personagem aparenta ser ingênua, mas ao mesmo tempo ela é muito “escrotinha”, que tem vergonha da família. Não é minha personagem favorita, além da atriz ter uma cara de nada em alguns momentos. 

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Malte Gårdinger é um excelente ator e se destaca desde a primeira temporada, onde consegue transmitir uma cara de cachorro que caiu da mudança ao mesmo tempo que parece ser um psicopata. August é um personagem cheio de camadas e o ator consegue permear muito bem pelas inconstâncias que o personagem pede. 

ENFIM…
Edvin Ryding e Omar Rudberg em imagem especial da 2ª temporada de YR. | Crédito: Johan Paulin / Netflix.

Em suma, a segunda temporada de Young Royals consegue expandir suas discussões com desdobramentos pontuais, mas eficazes, com pautas interessantes e instigantes. No entanto, se tivesse que escolher um lado, escolheria o lado do Príncipe Wilhelm, pois nem tudo depende dele e Simon poderia ser um pouco mais compreensivo. 

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Em fim, o segundo ano de Young Royals continua “cremosinha” e muito envolvente. Seu único defeito é ter apenas seis episódios.

E você, já assistiu a segunda temporada de Young Royals, o que achou?

ASSISTIMOS! E AÍ? - YOUNG ROYALS

10

Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

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