Enfim a história de Jane Doe chegou ao fim. Com exatos 100 episódios foi encerrada umas das séries policiais mais envolventes da TV. É importante ressaltar que Blindspot (Ponto Cego) foi exibida em canal aberto no Brasil pela Globo então é, também, bem conhecida aqui em terras tupiniquim.
Com 4 longas temporadas, digamos que a história de Jane Doe foi se tornando maçante. Não pelo seu protagonismo, mas sim pela estória que em alguns momentos acaba perdendo a emoção das primeiras temporadas.
Em uma determinado ponto, as tatuagens de Jane já não tinha mais destino. Entretanto, tatuagens ocultas entraram em cena para solucionar novos casos, então a equipe de Kurt Weller voltava a atuar brilhantemente.
Mas, vamos a última e mais limitada temporada de Ponto Cego.
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Assim como no final da quarta temporada o que mais temíamos aconteceu, a vilã mais tirana de todas destrói a reputação de Kurt e a quinta temporada é voltada a desmascara-la. No entanto, aquela história que estávamos acostumados, dos agentes Kurt, Zapatta, Reade, Patterson e Jane Doe no FBI, pode esquecer.
Já sem nenhuma grande história, nenhuma guinada e sem muita comoção o último episódio da temporada final foi aquele em que tudo teve de se resolver em 50 minutos.
Com uma luta muito fajuta de Jane, brigas com seu inconsciente, corrida contra o tempo e desarmamento de bomba em meio ao centro de Nova York, o ciclo se encerra com um final não muito explicito. Contudo, uma saga que tem o início na Times Square se encerra na Times Square.
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Sim, o remate de Jane Doe não fica tão transparente e objetivo e a narrativa se extingue. Como a série já não estava mais naquela sagacidade de solucionar as tatuagens da Jane o final mais adequado seria o final feliz, mas somos surpreendidos e não de uma maneira positiva.
O episódio final de Blindspot foi um pouco melhor do que os capítulos anteriores da corrida até o fim, reconhecidamente uma barreira baixa a superar. Foi uma escolha interessante trazer de volta a maioria dos personagens distintos do show de todas as temporadas, a maioria mortos agora, então eles eram fantasmas ou alucinações. Infelizmente, serviu principalmente para apontar “Oh sim. Eu me lembro dele/dela. Aquele era um bom personagem.”
Para mim, o ponto de inflexão do show foi permitir que a conspiração encima de Kurt durasse muito tempo. Parecia que os escritores ficavam encantados em “sacudir” o público com aquela história e suas reviravoltas. Ligando o modo “quem se importa” para a maioria dos telespectadores.
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Em suma, Blindspot (Ponto Cego) começou muito bem. As temporadas 1 e 2 foram divertidas e eu me peguei assistindo a tudo tranquilamente. A 3ª temporada não foi incrível, mas foi boa. Meio entediante no início, pois me senti ficando cada vez menos interessado. Contudo, o seu final me fisgou novamente e me fez dar mais uma chance ao show. No entanto, a 4ª e a 5ª foram histórias bem diferentes. A série dá uma guinada e quase imediatamente se torna honestamente terrível. A atuação piorou progressivamente. A história deu essencialmente uma volta de 180 graus e as coisas quase não fazem mais sentido. É seguro dizer que se torna extremamente decepcionante.
É muito difícil escrever bem, para uma série como essa por cinco anos e torná-la nova e divertida. Foi um bom conceito. No final das contas, o show simplesmente se desgastou. Provavelmente deveria ter terminado, pelo menos, uma temporada antes, talvez duas. Como o final de Blindspot não fecha completamente o capítulo, fica em aberto a possibilidade de ressurreição, quem sabe?