Em 1977, a banda Daisy Jones & The Six saiu da obscuridade e alcançou o estrelato. Mas o grupo acabou abruptamente, deixando os fãs desolados. Décadas depois, os integrantes finalmente concordam em abrir o jogo e revelar a verdade.
Uma das séries mais esperadas pelos leitores do romance homônimo de Taylor Jenkins Reid, chegou ao Prime Video nos levando a uma viagem no tempo para o final dos anos 70 e traz grandes elementos tanto do rock quanto da black music, além de muita representatividade. E já quero deixar claro a partir daqui que não li o livro.
O ENREDO

O enredo da série é bem atrativo, além das cenas normais também tem um documentário fictício, mostrando os personagens anos depois contando os detalhes da época de início da banda e fazendo várias revelações.
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Também é possível visualizar mais uma vez o outro lado da fama e como pode ser complicada, dolorosa e com altas tretas entre os componentes e pode-se notar que isso não é de hoje, e que vem de anos.
Além de tudo isso, também temos a relação de alguns personagens com o uso excessivo de drogas e é mais um alerta aos espectadores sobre o assunto.
OS PROTAGONISTAS

É inegável que a química entre os protagonistas Daisy Jones (Riley Keough) e Billy Dunne (Sam Claflin) é de milhões, pois os dois atores se complementam em todas as cenas em que contracenam juntos, embora eu seja suspeito em falar da atuação do Sam Claflin.
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Ainda não conhecia a atriz Riley, mas já passei a gostar bastante da atuação dela desde o primeiro episódio, ela foi muito bem em seu papel, vivendo as várias camadas da vida da Daisy, seja no amor, na música, nas loucuras e até nas aventuras. Acredito que talvez a Florence and the Machine serviu de inspiração para ela.
Enquanto isso, pude ver o ator Sam Claflin novamente com um papel numa dose mais dramática que já estava sentindo um pouco de falta de ver, acompanhei os últimos trabalhos cômicos dele e foram muito bons, mas ao ver ele num ambiente mais complexo é muito bom para ver a versatilidade do ator.
FIGURINOS E AMBIENTAÇÃO

Os figurinos estão muito bem produzidos e alinhados fazendo jus à moda da época, o estilo hippie e bem colorido foi o que mais me chamou atenção em ver, além de também poder notar os penteados.
A ambientação foi extremamente ótima, a essência passada nos leva de fato aos anos 70, com seus meios de transportes característicos, visual das ruas, etc. Enfim toda a cenografia está maravilhosa e isso também conta com a fotografia, sem ela talvez esses sentimentos não fizessem tanto sentido.
O conjunto da obra traz uma certa nostalgia, mesmo para quem não viveu na época e só conhece através de produções audiovisuais, sejam elas videoclipes, filmes, séries, animações e etc.
REPRESENTATIVIDADE

Não pensei que veria personagens representativos nessa série, mas ao ver duas personagens lésbicas e negras, foi muito bom. Apresentaram como eram a vida delas na época e o som da Black Music nas discotecas.
As personagens Simone Jackson e Bernie, interpretadas por Nabiyah Be e Ayesha Harris respectivamente, mostram que muitas questões em relação ao mundo LGBT+ ainda não mudaram. Um dos motivos para isso é porque uma delas tem medo da reação das pessoas à sua volta descobrirem o seu romance secreto.
CONCLUSÃO

Em suma, Daisy Jones & The Six é uma série que vale muito a pena maratonar, pois toda a atmosfera vista na série é um grande show. As músicas são perfeitas e ficam na mente e já me fez colocar algumas na minha playlist e possivelmente vocês devem querer incluí-las nas suas também.
O final da temporada foi ótimo e muito emocionante, gostei muito da forma como fizeram. Recomendo a todos assistirem Daisy Jones & The Six, garanto que não irão se arrepender.