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Smiley trama uma comédia romântica gay, divertida, leve e com uma visão fora da curva das produções que abordam essa temática e acaba nos entregando tudo, mesmo sem prometer nada. 

Se passando em Barcelona, Smiley traz uma história de amor não convencional, que foca na relação entre a admiração do improvável, com a questão do próprio preconceito. É sobre o prejulgamento que criamos para determinados tipos de pessoas e como essa visão pode mudar, quando estamos dispostos a olhar com outros olhos. 

A série aborda temas interessantes, além de aprofundar de forma honesta as relações homoafetivas de maneira delicada e natural. A produção traz várias formas de relações, desde relacionamento gay, lésbico, travesti e até bissexual. Todas essas relações são muito bem construídas e cada uma com desenvolvimentos interessantes e próprios. 

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Acredito que o ponto forte da série esteja nas relações e na forma com elas são desenvolvidas. No mundo gay é muito comum que se crie a idealização de que a vida seja uma eterna orgia, sexo, drogas e rock and roll, mas as pessoas esquecem que pessoas LGBTQIA+ possuem relacionamentos iguais ou ate mesmo mais firmes que os heterossexuais.

Smiley consegue igualar esse sentimento de igualdade e quebra de paradigmas a respeito de uma classe historicamente discriminada e julgada pela sociedade. 

A TRAMA
crítica smiley
Crítica Smiley: Miki Esparbé como Bruno e Carlos Cuevas como Àlex na primeira temporada de Smiley

A trama é muito bem desenvolvida nos detalhes, na sutileza, na criação de um relacionamento tóxico. Porém, trazendo uma outra forma da toxicidade, onde o abuso está nas pequenas ações, gestos e demonstrações. No entanto, Smiley também nos apresenta bons momentos calientes, com cenas muito sexy. 

Bruno e Àlex é um clássico casal que rouba a cena e que faz com que torcemos para que fiquem juntos no final. Com uma química perfeita, os atores se conectam de forma que chama todas as atenções para si.

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Smiley sabe trabalhar seus temas e traz temas importantes voltados a relações amorosas e suas consequências, sempre servindo como um alerta para quem esteja vivendo uma relação parecida.

A produção brinca com dinâmicas interessantes e diferentes para apresentar alguns momentos dos personagens, trazendo uma linguagem mais jovem e divertida para a série.

Em suma, a nova aposta da Netflix é mais uma prova de que comédias românticas gays podem sim fazer sucesso e que possuem público carentes desse tipo de conteúdo. No entanto, Smiley, se junta a excelentes produções como “Um crush para meu amigo”, “Heartstopper”, “Young Royals”, entre outras. 

ASSISTIMOS! E AÍ? - SMILEY

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Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

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