2

Para alguns a série já deu o que tinha que dá, mas para outros ainda continua viva naquilo que se propõe. Trazendo revelações bombásticas em uma narrativa que mistura presente, passado e futuro, ainda consegue prender a quem assiste.

Na Primeira temporada, temos o ápice de Annalise (Viola Davis), professora da melhor faculdade de advocacia dos EUA, advogada respeita, onde não perde um caso e possui o respeito de todos.

Viola como Annalise, na sala de aula.

Segunda temporada, todos os benefícios e prestígios, começam a se degradar, vícios vem átona, seu prestígio e respeito começa a ser posto em xeque.

Terceira temporada, o fundo do poço não é o limite.

Quarta temporada, a fênix começa a renascer das cinzas.

Quinta temporada reconquistando tudo aquilo que havia perdido.

Viola Davis como sempre um achado para a série, sozinha já basta a audiência. Deslumbrante e crível em todas as cenas, só sua presença faz com que qualquer texto ruim vire obra prima (não temos texto ruim nesta série).  Annalise, em seu mundo macabro e cheio de corrupções, crimes, falsidades e intrigas trás o drama perfeito para uma série excessivamente dramática.

Não possuímos tempos para felicidades, até quando se tenta ser feliz, possui tristeza em algum personagem em volta.

Equipe de Annalise Keating, trabalhando em um caso.

Além de Viola temos Liza Weil a Bonnie, que a cada temporada se destaca mais, com uma personagem complexa, que vive entre a cruz e a espada em sua relação nada convencional com Annalise, entre amizade e sentimentos amorosos, consegue entregar uma mulher franca quando precisa e forte quando deve ser. Mesmo que suas escolhas não seja as ideais em certos momentos continuamos torcendo por ela.  Neste quinto ano, conhecemos ainda mais sua história e podemos ver o quanto a personagem sofreu desde criança, quando era molestada por seu pai e era vendida para homens.

Bonnie, interpretada por Liza Weil.

Depois da morte de Wess (Alfred Enoch), foi inserido um novo personagem, Gabriel Maddox (Rome Flynn), que a princípio pensei que fosse o filho de Annalise que até então estava morto (Será que só eu pensei isso?), mas graças a Deus não foi. Apesar de possuir uma história e estar no elenco regular da série, não faz falta nenhuma. Esperava mais, vejo como uma tentativa de substituir um personagem, mas que não emplacou muito. (Minha opinião).

Wess (Alfred Enoch) na primeira temporada / Gabriel (Rome Flynn) na quinta temporada.

Para mim o melhor casal ainda continua sendo Connor (Jack Falahee) e Oliver (Conrad Ricamora), que durante todas as temporadas conseguiram manter a química, fazendo com que torcêssemos para eles. A delicadeza e o carinho que existe entre os dois, nos faz acreditar que mesmo em um universo perverso e doentio o amor ainda pode reinar e se fazer presente.

O casal Connor (Jack Falahee) e Oliver (Conrad Ricamora).

O jogo de gato e rato está presente na quinta temporada, assim como nas outras, mas de uma forma, mais comum do que nas anteriores, nada que não faça a gente ficar preso e rezando para que o episódio chegue ao final e conseguirmos descobrir quem estar envolvido nas maracutaias.

A virada da série é um pouco previsível e um pouco covarde por assim dizer. A escolha de um personagem novo e que até certo ponto não aprecia e só é falado dele em um momento, não colou como o canastrão da vez.  Acho que deveria ser um personagem recorrente, que não esperássemos com por exemplo a Bonnie ou até mesmo Emmett Crawford (Timothy Hutton).

A Season Finale é tensa e um final que pode se dizer esperado, pois os diálogos repetitivos de um dos personagens indicariam que isso poderia acontecer.

Equipe de Annalise na quinta temporada da série.

A quinta temporada termina com fôlego para sua última e terminará com a quantidade ideal, chegando em sua conclusão sem se desgastar ao ponto de perder telespectadores e no auge. Só sinto que não teremos mais o privilégio de acompanhar Viola Davis como Annalise, uma advogada arretada e que não leva desaforos para casa.

Além de ser uma excelente aula para quem cursa direito, How to Get Away with Murder , traz uma representatividade feminina fortíssima e necessária para nossa sociedade, além de inclusão racial e sexual, e está quinta temporada trabalhou muito bem um tema que é muito real e atual, a visão que as pessoas tem sobre os negros e como a cor é determinante para um julgamento superficial, preconceituoso e que pode causar danos irreparáveis tanto para o julgado, quanto para aqueles em seu entorno.

Representatividade feminina, com mulheres fortes, é o ponto alto da série.

Com altos e baixos, a quinta temporada tem mais acertos do que erros e se encaminha muito bem para sua última sessão.

A série é produzida pela ABC e tem sua exibição no Brasil pela Netflix, na TV a cabo Sony e na TV aberta Rede Globo.

 

Assista a promo da 6ª e última temporada:

How to Get Away with Murder

8.5

Flávio Santana
Publicitário, geminiano apaixonado pelo mundo Geek. Filmes de terror e suspense sempre caem bem, mas o mundo fantástico me faz viajar. Dito isto, Harry Potter é meu Universo preferido.

Amazon fecha acordo de licenciamento de um ano com a Disney

ARTIGO ANTERIOR

HORROR EXPO 19: ZUMBILÂNDIA TERÁ PRÉ-ESTREIA EXCLUSIVA NO EVENTO

PRÓXIMO ARTIGO

ARTIGOS SUGERIDOS

MAIS POSTS EM ABC