Por Streaming, streaming meu…
O ano era 1990, eu saía de minha casa e me dirigia até uma locadora para alugar mais uma temporada em VHS da aclamada sitcom do momento, Seinfeld.
Já nos anos 2000, os DVDs estão na crista da onda e as Blockbuster era o point do entretenimento. O local perfeito para aqueles que queriam alugar um filme, box de séries e até mesmo jogos. Agora, em pleno 2019 crianças e jovens não fazem ideia do que seja um VHS e tem a vaga lembrança do que foi o DVD.
Essa iniciação um pouco nostálgica é para iniciarmos uma conversa sobre o que é moda em um momento e deixa de ser em outro.
Em todo o mundo, locadoras como a Blockbuster fecharam as portas. | Crédito: Getty Imagens.
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Como todo o processo de evolução ele é composto por períodos, onde determinado objeto, estilo é uma febre e quando menos esperamos, ou até mesmo não nos tocamos, já não é mais. Dos anos 90 até hoje, surgiu várias inovações que achávamos que nunca sairia de moda, ou que deixariam de existir, ou que existe, mas não com a mesma força que tinha quando surgiu, como a própria VHS, o DVD e Blu-ray e tevê a cabo.
Os novos donos do pedaço
Hoje quem manda na parada são os serviços de streaming que possibilita assistir filmes, séries, documentários e até novelas. Apenas com o recurso da internet. Dentro deste novo mundo temos grandes empresas como a Globoplay, sistema de streaming da Rede Globo, Prime Video que pertence a Amazon, e a Netflix que é a pioneira e detém, só no Brasil, cerca de 27 milhões de assinantes.
A Netflix, por ser a primeira a desenvolver o modo de assistir conteúdos por streaming, determinou alguns métodos e costumes próprios e que com o passar dos tempos passaram a ser regra para todos que usavam o serviço. Com isso, suas concorrentes passaram a implantar esses costumes em seus sistemas, como por exemplo, a Prime Video.
Um desses, que se incorporou em nossos hábitos é o de lançar todos os episódios de uma série de uma única vez, criando uma prática chamada de “maratonar”, onde as pessoas assistem, por horas, todos os episódios de uma única série. Este método, até então, era uma novidade. Estávamos acostumados com episódios lançados semanalmente.
Esta prática de exibição semanal continua em séries que são exibidas na TV. Entretanto, as que são produzidas por sistemas de Streaming são veiculadas de uma única vez. Em suma, muitas pessoas esperam essas séries semanais entrarem em alguma rede de streaming, para poder “maratonar”.
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No entanto, em novembro deste ano, mais uma empresa irá lançar seu próprio sistema de streaming. Com isso, entrará no ringue das gigantes pelo cinturão do seu bolso. Estamos falando da Disney que lançará seu próprio sistema de streaming, o Disney+. Entretanto, poucas coisas sobre ela foram divulgadas. Uma delas é que suas séries serão lançadas semanalmente e não de uma única vez como estamos acostumados.
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Será o fim das maratonas?
Segundo informa o site Collider, a tendência é que os lançamentos semanais permitam que mais episódios sigam o “efeito Game of Thrones” nas redes sociais.Contudo, contaremos com mais internautas comentando acontecimentos específicos da série simultaneamente.
Está errada? Não! Hoje precisamos ser notados e estar na boca das pessoas, pois isso gera engajamento, e engajamento traz dinheiro. Práticas como essas já está mudando o mercado e você não está percebendo. Se liga no que vêm agora.
A Netflix anunciou que sua próxima série “Rhythm + Flow”, será lançada semanalmente. O comunicado foi feito logo após o anúncio da Disney.
Depois de clientes questionarem a notícia a Netflix se pronunciou:
Maratonas sempre foram parte integrante e essencial da Netflix. Por isso mesmo, elas continuarão. A plataforma sempre lançará suas séries de uma vez. No entanto, com exceção de produções que, pela própria estrutura narrativa, necessitam de um período maior entre os episódios.
Em suma, hoje, além da Netflix, Globoplay e da Prime Video, teremos também a Disney +, Apple TV, HBO MAX e a grande concorrente da Netflix nos USA, a Hulu.
Entretanto, a pergunta que fica é: Qual será a novidade que vai tomar o lugar do streaming daqui uns anos?
