Por Pantera Negra: Wakanda Forever já chega com a emoção nas alturas. Com uma sequência emocionante, delicada e uma poderosa despedida para o nosso querido Chadwick Boseman. Sobretudo, trazendo a representatividade da cultura africana, com músicas, danças e um discurso forte, nosso eterno Pantera Negra tem uma despedida digna de seu tamanho.
Entretanto, o longa não tem nenhuma conectividade com os eventos recentes do MCU, não traz referências de nenhuma ação ocorrida em Homem-Aranha Sem Volta Para Casa ou Doutor Estranho no Multiverso da Loucura.
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A produção traz uma história pautada no poder feminino, com uma história liderada por mulheres, reforçando a importância do filme em trazer empoderamento e força a classes que normalmente não tem.
EMPODERAMENTO FEMININO
Letitia Wright é uma potência dentro do filme. Ela assume o manto do Pantera Negra e, devido às mudanças do roteiro, por causa da morte de Chadwick Boseman, sua personagem acaba ganhando muito mais importância. Confesso que não queria que ela fosse a nova Pantera Negra, por causa das polêmicas que causou dentro e fora do set de filmagens, entretanto, reconheço que a atriz é muito boa e fez um excelente trabalho.
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Angela Bassett com sua Rainha Ramonda está impecável. Com discursos fortes, atuação impecável, será uma baixa considerável nos próximos filmes.
Pantera Negra, além dos grandes acontecimentos, conseguiu contar de forma simples, mas eficiente as histórias de seus personagens secundários.
ARCOS DA TRAMA
Danai Gurira tem um arco muito forte, apesar de contido e com pouco tempo de tela, consegue carimbar sua marca e sair como um destaque no longa. A Atriz sabe de seu potencial e consegue transitar com facilidade do drama a comédia.
Michaela Coel não tem um desenvolvimento significativo, mas sua presença na trama é notada, muito graças a excelente atriz que ela é.
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Os grandes acertos de Wakanda Forever são os novos personagens. Namor e Coração de Ferro, sem dúvidas, são os pontos altos da trama. Dominique Thorne como Coração de Ferro, rouba a cena e consegue encantar desde o primeiro momento em que aparece.
Responsável pelo alívio cômico, a atriz está muito à vontade no papel e chega cativante, poderosa e pronta para fazer sucesso em futuras aparições no MCU.
Entretanto, o núcleo de Namor é um espetáculo à parte, tanto de história, como de figurino, ambientação e desenvolvimento.
EFEITOS ESPECIAIS
Com boa parte de seu tempo com cenas subaquáticas, “Pantera Negra: Wakanda Forever” consegue se sair muito bem com os recursos VFX. O longa sai na frente de “Aquaman”, filme da DC Comics, ao não precisar fazer manobras para que seus personagens falem dentro d’água, como aconteceu com o filme do herói aquático da DC.
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Acredito que “Avatar 2” terá um concorrente de peso no Oscar, pois as cenas dentro d’água estão belíssimas, bem produzidas e com efeitos especiais sem nenhum defeito, além da maquiagem impecável.
Não posso deixar de dar o crédito aqui para as cenas de ação, elas estão muito bem coreografadas e muito bem executadas.
ACERTOS E DESLIZES
Como toda grande produção da Marvel, Wakanda Forever tem seus acertos e deslizes. A introdução de Namor no MCU, para mim, foi a mais bem desenvolvida e explorada na medida certa. Trazendo sua origem de forma simples e objetiva o longa soube extrair o que era necessário e importante, sem firulas.
Contudo, como citei acima, Namor é um dos grandes destaques do filme. Ele rouba a cena e tudo isso graças ao ator Tenoch Huerta, que pegou a essência do personagem, botou seu próprio charme latino e deu um show de interpretação.
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O ponto negativo do filme é a falta de coragem em algumas escolhas criativas, ainda mais neste momento, onde a Marvel está se permitindo ousar.
Tivemos “Sem Volta Para Casa” e “Multiverso da Loucura”, com cenas mais violentas, sangrentas. Entretanto, neste filme nem uma gota, se quer, de sangue é mostrada.
Engraçado, que em uma cena específica, um personagem é perfurado na barriga com uma lança, em close a personagem retira a lança e ela sai limpa. Como assim? Blade nem apareceu ainda para dizer que os vampiros sugaram o sangue dela.
Acho que se estamos arriscando em outras produções, vamos assumir o B.O e seguir a mesma linha em todas. Não concordo com uma morte que ocorreu no filme, mas vida que segue.
ENFIM…
Em suma, a fase quatro do MCU finaliza com Wakanda Forever reforçando o tema desta fase: perda, luto, traumas e como isso pode nos tornar mais forte lá na frente, mesmo que acreditemos que não conseguiremos.
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O filme tem uma cena pós-crédito muito importante para os rumos que a Marvel vai seguir, além de muito emocionante.
Enfim, por último, mas não menos importante, precisamos falar sobre a trilha sonora, que está estonteante, e com duas músicas de Rihanna. Contudo, a trilha sonora com certeza estará concorrendo ao Oscar e não me surpreenderia se Riri ganhasse como melhor canção original.
